A Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, lançou na manhã desta sexta-feira (3) o Protocolo Municipal de Hanseníase. O documento tem como objetivo orientar a atuação dos profissionais da rede pública, promovendo o diagnóstico precoce, a busca ativa de casos e o tratamento adequado da doença.
Com a implementação do protocolo, o município também inaugura o Ambulatório de Hanseníase, que funcionará junto ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE), sob coordenação da médica Gabriela Porazzi. Segundo a secretária de Saúde, Dra. Fernanda Heldt Ventura, a iniciativa evita que pacientes precisem se deslocar até Cuiabá para atendimentos mais complexos.
O protocolo é resultado de mais de um ano de trabalho, envolvendo profissionais da Rede Municipal de Saúde e capacitação da equipe da Atenção Primária. A secretária, especialista em hanseníase pela Escola Pública de Saúde de Mato Grosso e pela Sociedade Brasileira de Hanseníase, destaca que o projeto é pioneiro no estado e busca tornar o tratamento mais eficiente.
Atualmente, 223 pacientes estão em acompanhamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, mas estima-se que o número real de casos seja maior, devido à subnotificação. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 20 mil novos casos da doença em 2023, ocupando o segundo lugar no ranking mundial. Mato Grosso lidera o número de diagnósticos no país, com 4.625 casos no mesmo período.
O novo protocolo municipal também valida exames complementares e prevê o uso de medicamentos não incluídos no protocolo nacional, ampliando as possibilidades de manejo clínico. O documento está disponível no site da prefeitura, conforme Decreto n. 7.313/2025.
Sobre a hanseníase
A hanseníase, também conhecida como lepra ou Mal de Lázaro, é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. A transmissão ocorre por meio de gotículas de saliva ou secreções nasais de pessoas não tratadas, geralmente após contato prolongado e frequente.
Entre os principais sintomas estão manchas claras ou avermelhadas na pele com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato, além de redução de pelos e suor e comprometimento dos nervos periféricos. O diagnóstico é feito por meio de exame físico dermatológico e neurológico. O tratamento é gratuito e está disponível na rede pública de saúde.
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