Um manifesto assinado por 60 jornalistas repudiando ataques a imprensa foi publicado nesta quarta-feira (8) em Rondonópolis (220 km de Cuiabá), ressaltando que a classe está sofrendo com uma distorção de finalidade sem precedentes.
Segundo o jornalista Erick Valeriano, o movimento foi organizado em decorrência da pressão e agressões verbais que os jornalistas estão enfrentando nos últimos tempos, principalmente os veículos online.
“A meu ver, com 20 anos que eu tenho de experiência com o jornalismo, é preciso que a gente reaja. Nós fizemos esse movimento e praticamente todos os veículos de comunicação da cidade participaram e divulgaram em seus canais. Isso mostra a grandeza dos profissionais da cidade e da região”, disse Erik Valeriano.
Na manhã desta quinta-feira (9), grupos de Whatsapp dos profissionais elogiaram a atitude responsável em defesa da profissão que um dos jornalistas teve durate uma transmissão ao vivo, quando respondeu a contestação de um telespectador um pouco mais acalorado.
Manifesto na íntegra
Jornalistas repudiam ataques: nosso foco é levar informação de qualidade
Por: Grupo de jornalistas de Rondonópolis e região
Neste Brasil de incertezas e de polarização política, o jornalista - aquele que relata o fato - está sendo desrespeitosamente atacado por quem não concorda com o acontecimento.
O que temos assistido, infelizmente, é uma distorção de finalidade sem precedentes.
A notícia passou para o segundo plano. A atenção e importância que deveriam ser dadas ao assunto passou a ser empenhada à pessoa do repórter.
Absurda e "estrategicamente", a pergunta sobre O QUE se fala cedeu espaço para QUEM fala.
Agora, aquele que relata o fato virou alvo de críticas e ataques por quem nega a realidade e por todos aqueles que não sabem o que pensar e dizer e acabam entoando juntos um mesmo coro.
Um verdadeiro ataque em massa ao jornalista, o mensageiro, e não ao fato.
No jornalismo, fato é fato. Não muda. É a realidade. É o que aconteceu, o que é considerado verdade. A partir dele, são feitas leituras, essas sim, de cunho pessoal, as quais dependem da visão do profissional, da sua cultura e contextualização.
Diante da situação de desrespeito ao profissional que sai todos os dias de casa para trabalhar e relatar aos leitores, telespectadores, ouvintes e internautas os fatos com zelo e qualidade; que nessa pandemia está na linha de frente em contato com quem quer que seja, para que a sociedade fique bem informada; que não mede esforços para que a informação correta chegue à casa das pessoas; que independente de partido ou ideologia, preza pelo fato e pela verdade, nos manifestamos como categoria em REPÚDIO aos ataques praticados diariamente por pessoas que desconhecem nossos valores e o processo da comunicação.
O jornalismo não está para agradar este ou aquele. É maior que desejos pessoais. É pautado na realidade e voltado para o bem comum e a justiça social.
No momento de uma pandemia, o foco é salvar vidas; isso inclui uma comunicação preventiva, orientativa e também relatos de mortes, porque vidas são histórias; não números.
Como jornalistas, repudiamos qualquer forma de ataque, agressões físicas, verbais e virtuais porque a única coisa que nos pauta quando fechamos a porta da nossa casa para trabalhar neste momento é: ajudar a salvar a sua vida.
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Ze da roça 09/07/2020
O QUE DE FATO FALTA É O JORNALISMO INDEPENDENTE SÉRIO E IMPARCIAL E O QUE A SOCIEDADE ENXERGA SÃO MATÉRIAS COM TENDÊNCIAS EM FAVOR DA ESQUERDA DA DIREITA OU ENTÃO A FAVOR DE POLÍTICOS
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