O frio e as chuvas em agosto têm despertado a curiosidade na população de Cuiabá, uma vez que o mês faz parte do período de seca. Contudo, o conhecimento tradicional e a ciência explicam as dinâmicas climáticas, sobretudo o fenômeno conhecido como chuva do caju.
O professor doutor em física ambiental, Denilton Carlos Gaio, explicou ao HiperNotícias sobre as chuvas fora de época que têm causado estranhamento na população.
Segundo o docente do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por mais que agosto seja um mês inserido no período de seca (ou estiagem) podem ocorrer precipitações no período.
“Essas chuvas do início de setembro são relativamente comuns. Elas seriam equivalentes ao que a população tradicionalmente chama de chuva do caju ou, até mesmo, chuva da manga”, afirma Denilton.
O professor explica que, nesse período de inverno, frentes frias passam pelo oceano Atlântico e, ao se encontrarem com massas de ar quente, se precipitam. Dessa forma, mesmo em períodos de seca, ocorrem chuvas e dias frios.
Caju e manga
O professor conta que o caju e a manga não são originárias do cerrado, sendo a Ásia sua região de origem. Contudo, as frutas se adaptaram bem ao bioma.
Ele afirma que, mesmo não estando na primavera, as árvores frutíferas já estão floridas. A explicação para isso seria o fato de que a seca caminha para seu fim com o início da primavera, no dia 22 de setembro.
“É uma característica dessas plantas, elas florescem nesse período de seca, mas só dão frutos na época das chuvas”, explica Denilton.
Cuidados com a saúde
O físico alerta ainda sobre os cuidados nesse período do ano, uma vez que as mudanças climáticas exigem cuidados redobrados com a saúde. “A umidade relativa do ar nessa época pode chegar a valores muitos baixos, algo em torno dos 20%, muito próximo ao clima desértico”, conta o estudioso.
Se hidratar e usar protetor solar são alguns cuidados básicos nessa época. Contudo, Denilton alerta para a necessidade de se evitar a exposição prolongada ao sol, uma vez que a intensidade da radiação ultravioleta é aumentada no período.
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Denilton Carlos Gaio 13/01/2019
Nessa entrevista, procurei responder ao Jornalista Khayo Ribeiro sobre o estranhamento da polução com relação aos valores de temperatura e precipitação durante o mês de agosto. É comum as pessoas considerarem que, na estação seca, em Cuiabá, não há precipitação. As médias mensais dos últimos 30 anos são bem baixas para junho, julho e agosto: 14, 12 e 14mm, respectivamente.(https://www.climatempo.com.br/climatologia/218/cuiaba-mt). Mas, de modo geral, acontece um ou outro evento de precipitação mensal. Já em setembro, a média mensal dos últimos 30 anos sobe para 56mm. As chuvas de inverno são geralmente chuvas frontais (devido a vinda de frentes frias úmidas), já as chuvas de verão são chuvas convectivas (isto é, a grande quantidade de radiação solar faz ascender massas de ar locais com bastante umidade). Louvo a disposição do Jornalista Khayo Ribeiro em tratar esse assunto (que é conteúdo do ensino médio) de modo simples para seus leitores. Mudanças no tempo (meteorológico) - temperatura, umidade, precipitação - são muitas vezes acompanhadas de resfriados, gripes, febres. Exposição excessiva à radiação UVB tem causado câncer de pele. As mudanças climáticas globais é um fenômeno que tem sido estudado por centenas de cientistas dedicados e buscam preservar um planeta Terra sadio para nossos filhos e netos. Não apenas os cientistas percebem isso. Tanto a variações sazonais meteorológicas como as mudanças climáticas são percebidas pelos cuiabanos. Contam nossas avós que em seus laranjais, em seus quintais com frondosas mangueiras, as temperaturas eram mais amenas. Hoje, suportar o asfalto quente de nosso dia a dia exige muito bom humor. Por outro lado, mesmo sendo as variáveis do tempo e do clima de difícil previsão, as pesquisas em ciências naturais tem propiciado aumento na produtividade no campo, melhor dimensionamento de produção e uso de energia elétrica, mudanças na arquitetura e urbanismo etc. Convido a todos que lerem essa matéria e essa resposta que pensem na possibilidade de um dia, com afinco nos estudos, se tornarem um físico ambiental e colaborarem com o entendimento de nosso meio ambiente.
acadêmico atento 02/09/2018
falou, falou, falou e não disse nada. a verdade é que a ciência não explica muita coisa, ou melhor, quase nada. e deveria admitir isso. o conhecimento científico não explica muita coisa, existem muitos hiatos sobre tudo nessa vida, e não acreditem que alguém explique e comprove cientificamente mudanças climáticas que tem ocorrido de forma acentuada nesses últimos 20, 30 anos. esse pesquisador deveria ser mais humilde, e admitir que o seu conhecimento não explica muita coisa, ou quase nada. a vaidade do academicismo só serve para status mesmo, um diploma para pendurar na parede e se autointutular de doutor, mas, na prática...a ciência é bem limitada, serve para fazer experimentos em determinado corpo de prova num espaço fisico restrito e com a variável temporal agindo, e só vale para aquele exato momento e ambiente. imagine ter que explicar a dinâmica atmosférica, as interações fisico, quimicas e biológicas e adicionado ao fator tempo e alterações antrópicas do meio? o conhecimento cientifico tem interferido muito pouco na nossa realidade, essa é a verdade. aconselho alguns a serem menos presunçosos, a se dedicar mais aos estudos, e deixar de lado a tolice que um pedaço de papel (denominado diploma) te garante autoridade sobre alguma coisa ou assunto. alguns que se acham "semi-deus" acreditam (ingenuamente) que tem explicação para tudo.
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