Depois de ser pego na blitz da Lei Seca e encaminhado até a delegacia por embriaguez ao volante, o sindicalista e ex-secretário de Turismo de Cuiabá, Oscarlino Alves, classificou a fiscalização utilizada pelas forças de segurança na Capital como uma espécie de armadilha. Embora tenha admitido seu erro e pago pelas consequências, o servidor, que foi autuado na madrugada do último sábado (14), na avenida Miguel Sutil, opinou que as fiscalizações precisam ser feitas nas portas dos bares, para não ser apenas uma 'amostragem' do real problema.
Em conversa com o HNT, Oscarlino contou que foi detido logo após deixar uma confraternização com os amigos e que havia consumido cinco chopes. Ao comentar sobre a autuação, o sindicalista garantiu ter assumido seu erro e todas as consequências. Ele foi detido e liberado logo após pagar uma fiança de R$ 2.400.
“Isso aconteceu no sábado e, na segunda, eu já estava com o meu carro de volta. Agora, é bola pra frente, as forças de segurança seguem cumprindo com as suas obrigações e eu assumi meu erro e todas suas consequências. Eu passei por todo procedimento padrão, fiz o teste do bafômetro, onde foi constato o teor etílico acima do permitido, o carro foi removido e eu fui encaminhado até a delegacia para prestar esclarecimentos. Lá, eu paguei a fiança e fui liberado”, contou.
O sindicalista ainda relatou que, diante da situação ‘vexatória’, passou a se questionar sobre a política de conscientização utilizada em relação ao crime de trânsito em questão. Segundo ele, as blitzes atualmente realizadas na Capital funcionam como uma espécie de ‘armadilha’, com o objetivo principal é de distribuir penalizações em amostragem.
"Cuiabá é uma cidade com quase 700 mil habitantes e essa situação de armadilha [blitz] é muito limitada, até porque o álcool é uma droga legalizada e existem milhares de pessoas consumindo o tempo todo, só que apenas alguns são pegos para servir como exemplo. Sem contar que é uma situação muito deprimente, para a pessoa realmente não voltar mais a fazer”, disse.
Na avaliação do sindicalista, tais fiscalizações deveriam ser feitas ‘diretamente na fonte’, ainda nas proximidades dos bares e estabelecimentos comerciais.
“Se formos pensar na quantidade de bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais aqui de Cuiabá, temos milhares de pessoas consumindo bebidas alcoólicas e eu nunca vi uma blitz na porta de um estabelecimento, interrompendo essas pessoas já no ato de infração. Eu penso que essa abordagem deveria ser feita ali, trabalhando na conscientização das pessoas, não da forma que é feita, onde eles ficam esperando, porque eles sabem que vão pegar. Isso deve ser feito diretamente na fonte, para evitar essa situação vexatória e o prejuízo financeiro. Tem muita gente que não tem condições de pagar essa multa.”, acrescentou.
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