Na primeira entrevista concedida depois de deixar seu posto, o coronel bombeiro Alessandro Borges, ex-comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, admitiu que pensou em pedir exonoração da função quando houve a morte do aluno-soldado Lucas Veloso Perez durante treinamento da corporação, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, em fevereiro. Ele revelou a intenção em conversa exclusiva com o HNT TV sobre seus sete anos à frente da força. Também falou sobre a soleindade atípica de transferência de comando que viveu há poucos dias no governo estadual.
“O governador Mauro Mendes me ligou, foi direto. Eu fui o primeiro a saber que ia deixar o cargo e entregar ao coronel Flávio Gledson, que é um excelente militar. A morte do aluno-soldado Lucas Veloso não motivou essa decisão dele, até porque, se fosse isso, eu teria saído no mês que ocorreu essa tragédia. E, quando aconteceu, em pensei em pedir em exoneração, mas, depois, aí vem a razão. Não era justo, eu estive com a família, demos uma resposta à sociedade”, ressalta.
No cargo mais alto da instituição, Alessandro Borges comandou a tropa de militares nos governos Pedro Taques e Mauro Mendes. Pela primeira vez, o militar falou sobre a motivação de sua saída do comando da instituição, fugindo aos padrões tradicionais de entrega de comando militar no Palácio Paiaguás.
A saída do coronel do comando dos bombeiros finaliza um ciclo profissional de mais de 30 anos de carreira militar na instituição, em que o lema principalmente é salvar vidas.
Alessandro desabafou sobre a imagem do Corpo de Bombeiros depois da morte dos alunos soldados Rodrigo Claro e Lucas Veloso e explicou o que aconteceu nessas tragédias que afetaram a instituição. Sobre o rito de passagem de comando que aconteceu na última semana, na sala de reuniões Garcia Neto, no Palácio Paiaguás, sem formatura militar e junto com mais dois colegas de governo que também se despediam do cargo, coronel Alessandro disse que é um ato legal e previsto, e que não teve nada de incomum.
Para o HNT TV, o bombeiro ressaltou que investimentos em infraestrutura e equipamentos marcaram sua passagem pelo comando do CBM-MT, mas que o desafio para a gestão estadual é suprir o efetivo que trabalha em escalas exaustivas nos períodos de críticos dos incêndios florestais. De acordo com o coronel Alessandro, Mato Grosso tem 1,4 mil bombeiros militares, sendo que o ideal é um efetivo com 4 mil.
Grato a todos que acreditaram em seu trabalho, Borges, na entrevista, revelou uma aparência visivelmente mais aliviada. O militar disse que deixar o cargo foi como ter tirado uma tonelada de suas costas e que cumpriu sua missão. Agora, ele planeja aproveitar mais a companhia da família e desfrutar da aposentadoria.
A entrevista completa com o coronel do Corpo de Bombeiros de Militar está disponível no Canal HNT TV, no Youtube e no Facebook.
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Claudia 10/07/2024
Eu não acredito que ele pensou em pedir exoneração, porque que ele concedeu atestado para o culpado e porque não aplicou o conselho de justificação? É um pouco incoerente se sentiu tão mal porque não fez o certo?
1 comentários