Responsável pelos serviços de fiscalização, supervisão e gerenciamento da obra do Complexo Arena Pantanal, a empresa Concremat Engenharia e Tecnologia S/A iniciou as ações nesta segunda-feira (4), com reunião de apresentação do novo plano de trabalho. Conforme o cronograma, que foi desenvolvido em conjunto com a Secretaria de Estado das Cidades (Secid), as ações terão como foco a conclusão dos itens que compõem a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).
Abilio Brunin
Durante a reunião, o secretário Eduardo Chiletto, em conjunto com os técnicos da secretaria Adjunta de Obras da Baixada Cuiabana, foi apresentado à equipe de profissionais que será responsável por elaborar os relatórios situacionais sobre o estádio cuiabano. A obra do complexo esportivo, que deveria ter sido concluída ainda em 2014 para a Copa do Mundo, é composta por três contratos que ainda necessitam ser finalizados.
De acordo com o coordenador geral da Concremat, Arnaldo José de Souza Abud, o cronograma foi subdividido em sete frentes de trabalho, sendo que as ações relacionadas à certificação LEED terão foco central. Além disso, as equipes também atuarão nas áreas de instalação, assentos, acessibilidade, estrutura metálica, obras civis e acabamentos.
“Dentro das frentes de trabalho, os profissionais, por meio de relatórios, irão nos apontar quais itens fazem parte do escopo de cada um dos contratos que compõem a obra do Complexo Arena Pantanal. Os levantamentos também terão detalhados quais os serviços necessitam ser realizados e o prazo de execução necessário para que cada um seja executado”, explicou Abud.
Para a construção do Complexo Arena Pantanal foram firmados, entre os anos de 2010 e 2013, contratos com a Mendes Junior Trading e Engenharia, responsável pela construção do estádio, Kango Brasil, contratada para o fornecimento e instalação do mobiliário esportivo, e ainda com o Consórcio CLE, formado pelas empresas Canal Livre Comércio e Serviços, e Etel Engenharia, Montagens e Automação, que é o executor do sistema de tecnologia da informação do complexo esportivo. Nenhum dos três contratos foram totalmente executados pela antiga gestão.
Conforme o secretário Eduardo Chiletto, o atual cronograma de execução da Concremat é reflexo das orientações propostas pela Secid e também previstas no Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT).
“Além da obra da Arena Pantanal ser conclusa e entregue com qualidade para a população, temos um contrato com o BNDES a ser cumprido e conta com penalidades, caso a certificação LEED não seja executada corretamente. A atual gestão tem trabalho atentamente para cumprir os prazos contratuais estipulados”.
Para a construção do complexo esportivo, em novembro de 2010, o Estado formalizou financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 392.952.860,00. O montante tinha como foco a execução de obras para construção do estádio e do entorno do complexo esportivo. Sobre o pagamento do valor, dentre as cláusulas previstas no contrato, está a de inadimplência de obrigações não financeiras, na qual a certificação LEED está inclusa. Ou seja, caso o reconhecimento socioambiental não seja finalizado, o Estado fica sujeito ao pagamento de multa de 1% ao ano em relação ao saldo devedor.
Mesmo sem estar 100% finalizada, a Arena Pantanal, que conta com mais de 300 mil metros quadrados, tem sido palco diário de ações esportivas e de lazer. Em 2015, por exemplo, mais de 150 eventos foram realizados nos espaços internos e externo, o que resultou em cerca de 300 mil pessoas visitando o complexo esportivo. Dentre os eventos de destaque estão o Vem Pra Arena, jogos nacionais e internacional de futebol, e a final do Campeonato de Futebol Americano, que emplacou recorde nacional de público.
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