O dia 17 de abril de 2017 ficou marcado na história do país. Milhares foram às ruas para ouvir e acompanhar a votação do impeachment pela Câmara dos Deputados, em Brasília. De verde e amarelo, ou vermelho, a população manifestou sua opinião.
Alan Cosme / HiperNotícias

Após o último voto, manifestantes cantaram o hino nacional para comemorar o seguimento do processo de impeachment
Na Praça Oito de Abril, ponto com telão de led e dois trios elétricos, parecia uma decisão de Copa do Mundo. O ponto maior de euforia foi às 22h05, horário de Mato Grosso, quando o impeachment foi aprovado, mas desde 16h40, quando começou a votação, cada voto favorável ao impedimento de Dilma era vibrado como bola na rede em favor do país. E quando um deputado de Pernambuco disse sim à abertura do processo de impeachment, a torcida explodiu.
Alguns choravam, outros se beijavam, outros gritavam e alguns até agradeciam de joelhos, como se fosse um milagre divino. Os manifestantes pró-impeachment chegaram a soltar fogos quando tudo já estava decidido.
Quem estava no bar pediu mais uma cerveja. Quem estava de carro buzinava. Quem estava sentado se levantou e quem estava cansado parece que teve uma injeção de ânimo e começou a festejar. O veterinário Ayrton Souza, abraçado com seu filho de dois anos e enrolado em uma bandeira do país, acredita que agora o Brasil voltará a ser respeitado.
“Perdemos o respeito faz tempo. Tanto no futebol quanto na política. Agora vamos ver a presidente fora. Ganhamos essa decisão. Um passo já foi dado. Agora é continuar com fé em Deus e no povo, pois nós sempre estaremos prontos para mostrar que quando o povo vai pra rua, a situação se resolve. Nós ganhamos respeito e teremos um futuro melhor”, comentou.
Ana Seyde, disse que votou em Dilma nas eleições de 2014, mas a reviravolta que a presidente deu na economia do país após menos de um mês de reeleição fez Seyde analisar melhor a situação.
“Votei nela, porém hoje me arrependo. O primeiro passo pra ela sair já foi dado e eu que votei tenho direito de cobrar, assim como todos aqui. Vamos Brasil. Fora Dilma, Fora Lula, Fora Cunha, Fora Ságuas e Fora Valtenir Pereira”, disse a manifestante.
A festa foi apenas na Praça Oito de Abril. Os manifestantes favoráveis à permanência de Dilma deixaram a sede da Central Única dos Trabalhadores em Cuiabá antes das 22h. Quando a reportagem passou pelo local, o movimento era de fechamento na CUT.
“Iremos dar a volta por cima. O que fizeram hoje foi golpe”, disse o presidente do PT, William Sampaio, um dos últimos a deixar a sede da CUT.
No fim do evento, a Polícia Militar confirmou que 400 manifestantes acompanharam o evento na Praça Oito de Abril. Já os organizadores do evento informaram que cinco mil pessoas passaram pelo local.
Agora o processo segue para o Senado Federal, que irá julgar o crime de responsabilidade atribuído à presidente Dilma Rousseff pelas "pedaladas fiscais". Bastam 41 votos, dos 80 senadores, para ela ser retirada do cargo.
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