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Cidades Domingo, 06 de Março de 2016, 12:00 - A | A

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Domingo, 06 de Março de 2016, 12h:00 - A | A

ELEFANTE BRANCO

Com prejuízo de R$ 50 mil em 2016, clubes e Federação querem tirar jogos da Arena Pantanal

RAYANE ALVES / GABRIEL SOARES

A Federação Mato-grossense de Futebol (FMF-MT) e os clubes de Cuiabá e Várzea Grande querem tirar os jogos do Campeonato Mato-grossense da Arena Patanal e voltar as disputas para o Estádio Eurico Gaspar Dutra (Dutrinha). É que o monumento de R$ 700 milhões, construído para a Copa, traz mais prejuízos do que lucro nas pequenas partidas do estadual. Em apenas sete rodadas do estadual deste ano, os clubes de Cuiabá e Várzea Grande já perderam quase R$ 50 mil.

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Santos/Atlético Mineiro/Arena Pantanal

 Monumento miolionário da Copa, Arena Pantanal só dá prejuízo, tanto para os clubes quanto para o Governo do Estado

O presidente da FMF, João Carlos de Oliveira, cita como exemplo o alto valor da Taxa de Segurança (TASEG) para as partidas na Arena Pantanal, que gira em torno de R$ 4 a R$ 5 mil por jogo. Além disso, também é preciso pagar a contratação de segurança privada, taxa de limpeza, manutenção do gramado, entre outras.

 

“Para ter ideia, no ano passado os clubes e a FMF pagaram mais de R$ 300 mil só para efetivo de segurança dos torcedores. Isso acaba sendo prejuízo, porque um jogo na Arena custa R$ 10 mil e temos duas mil pessoas. Enquanto isso, a mesma disputa poderia ser feita no Dutrinha por mil reais”, explicou João Carlos, ressaltando que "os números não justificam a abertura do estádio [Arena Pantanal], que tem capacidade para mais de 40 mil pessoas". 

 

A última partida que aconteceu no gramado da Copa, entre Dom Bosco e União, no dia 28 de fevereiro, rendeu um prejuízo de quase R$ 9 mil. Acontece que apenas 246 pessoas pagaram para assistir ao jogo. Na ocasião, o Azulão da Colina venceu por 3 a 2, mas teve que pagar mais de R$ 6 mil pela partida. 

 

Até mesmo a rodada dupla, uma tentativa de levar mais torcedores à Arena ao concentrar dois jogos em uma única tarde, só resulta em prejuízos. Na última, que aconteceu no dia 24 de fevereiro, foi registrado déficit de R$ 6,3 mil, apesar dos 459 pagantes. Contudo, o prejuízo para os clubes ficou um pouco menor: o Operário de Várzea Grande teve que pagar R$ 975, enquanto o Dom Bosco arcou com apenas R$ 242.

 

Nas sete primeiras rodadas do estadual, apenas uma partida rendeu lucro para os clubes: a rodada dupla de abertura do campeonato, que teve Dom Bosco x Cuiabá e Operário de Várzea Grande x Mixto, os clássicos da Baixada Cuiabana. Por isso, com dois mil pagantes, houve um lucro de R$ 9 mil. Insuficiente para cobrir os R$ 59.628,21 de prejuízo das outras seis rodadas do Campeonato Estadual. 

Reprodução

lucro e prejuizo - arena pantanal

Lado a lado, único lucro e maior prejuízo de uma partida na Arena Pantanal em 2016 

REDUZIR CUSTOS

Na avaliação de João Carlos, a reabertura do Dutrinha, com a consequente mudança dos jogos do estadual para lá, daria um grande alívio ao caixa dos clubes mato-grossenses, minimizando os problemas financeiros que eles já estão enfrentando.

 

“O Dutrinha é ideal para jogo de menor porte. Além disso, tem uma praça tranquila, policiamento mais barato, passa ônibus em frente do estádio e o público tem maior comodidade”, disse.

 

Por isso, representantes da entidade e dos clubes foram na última quarta-feira (2), na Câmara dos Vereadores de Cuiabá para pedir que as vereadores que ajudem a achar uma solução para os problemas que ainda causam a interdição do Dutrinha.

 

PREJUÍZO ATÉ PRO ESTADO

A inviabilidade da utilização da Arena Pantanal foi assunto também na Assembleia Legislativa. Oscar Bezerra (PSB), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa, disse que os deputados pretendem interferir no futuro da Arena Pantanal.

 

A preocupação dos parlamentares é que o Governo do Estado assuma sozinho um custo estimado em R$ 700 mil por mês para a manutenção do estádio. Entretanto, Oscar ressaltou que essa é “outra batata, que provavelmente vai ficar na mão do governo. O caminho seria uma Parceira Público Privada, mas quem vai se propor a pegar para tocar, com uma despesa dessa sem ter um público?”, questionou Oscar.

 

Na opinião do deputado, mesmo que a Arena cobrisse todos os eventos realizados na Capital, não conseguiria cobrir o valor necessário para sua manutenção.

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