O período de seca e calor intenso em Cuiabá, tem feito com que a população consuma mais água mineral, em especial a de garrafão de 20 litros. Com isso as vendas tiveram um aumento de 20% a 70%. O aumento foi verificado entre os meses de julho a setembro nas distribuidoras, no período que corresponde com a maior incidência de calor na Capital. Em relação aos preços, eles mantiveram estáveis e o galão pode variar entre R$ 7 a R$ 11,50, dependendo se for para entrega ou retirada.
O mês de setembro foi o de maior aumento das vendas de água nas distribuidoras, em comparação com o mesmo período em 2019 ou mesmo a meses anteriores. As fontes de água mineral, chamadas de engarrafadoras tem até filas de caminhões para fazer cargas de produtos.
Na Central Gás, localizada no bairro Lixeira, em Cuiabá o preço por galão de água de 20 litros varia entre R$ 7 a R$ 8,5 e o aumento na demanda por água mais expressivo foi notado no mês de setembro, no qual venderam 350 unidades até o dia 14, contra 227 no mesmo período de 2019, um aumento de 54% nas vendas. Em agosto por exemplo eles venderam 150 unidades.
Douglas Junior, supervisor da distribuidora conta que inclusive está difícil conseguir comprar água nas engarrafadoras e que de um pedido semanal eles passaram a realizar pedidos de duas a três vezes na semana.
“Nas revendas onde eu compro, estão com falta de água, se você não se programar para pedir, fica sem. Caminhões chegam a fazer congestionamento na fonte, na segunda-feira chega a ter mais de 20 caminhões. Eu comprava uma carga com até 150 águas por semana, agora estou comprando de duas a três cargas”, conta.
A distribuidora Papa-Léguas Água e Gás, localizada no bairro Santa Helena, também na Capital teve um aumento na demanda de 50% nas vendas de garrafão de água de 20 litros nos últimos três meses e a gerente de vendas, Josiane Ferreira, acredita ser pela onda de calor e por causa das queimadas. Os preços do garrafão de água no local variam entre R$ 10,50 a R$ 11,50, dependendo da marca.
“Geralmente nessa época do ano aumenta muito mais as vendas, porque é tempo de seca, calor, fumaça. Mas este ano o aumento está sendo maior, devido ás queimadas. Isso aumentou muito o consumo”, explica Josiane.
Na distribuidora Mundial Água e Gás, localizada no Centro Sul, que vende o galão de 20 litros por R$ 10, o aumento da procura por água foi observado a partir da segunda semana de julho e segue durante o mês de setembro.
Segundo Elenir Almeida, gerente do estabelecimento, a pandemia afetou as vendas que tiveram uma queda, pois eles atendiam muitos escritórios na região do Goiabeiras que reduziram a carga de trabalho ou fecharam. A recuperação começou no mês de agosto quando aumentou o consumo de água.
“A venda da água em geral, a partir do mês de agosto tem um aumento gradativo de 50%. O consumo realmente dobra, tanto que a parte de entrega fica muito puxada. Os funcionários trabalham bastante. Os carregamentos aumentaram também. Vira um aumento geral em cadeia”, diz.
Na distribuidora Dragão Gás e Água, localizada na avenida Brasil, no CPA II, e que atende a região da Morada da Serra, o aumento foi de entre 60% a 70% na demanda de água mineral de 20 litros, em relação aos outros meses do ano. Os valores variam entre R$ 7 a R$10, sendo o menor valor para retirada no local e o maior valor para entrega. Os preços não tiveram reajuste e são os mesmos desde o começo do ano.
O gerente proprietário Milton Bortoluzzi conta que em 2020 o aumento na demanda foi ainda maior que no ano anterior, tanto que eles estão com dificuldades de conseguir água nas engarrafadoras.
“Nós estamos segurando as pontas por causa do estoque, mas as engarrafadoras não estão dando conta da demanda. Para se ter uma ideia, em uma época normal, não há filas para retirada de água nas fontes. Hoje há uma média de 50 a 60 caminhões na fila das engarrafadoras”, fala.
A onda de calor e a baixa umidade na Capital, em torno de 15%, registrados nos últimos meses são um dos principais fatores que contribuíram para esse aumento na demanda em 2020. Com a falta de chuvas é possível que esse crescimento no consumo se prolongue até o mês de outubro de acordo com as distribuidoras.
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