O volume de chuvas no rio Paraguai é considerado "insignificante" e a seca assola o principal formador do Pantanal mato-grossense. A informação é do Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Paraguai, do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Os números são captados por meio das estações de monitoramento instaladas nas regiões. A situação tem dificultado a navegação de grandes, médias e pequenas embarcações. Além disso, o baixo nível das águas contribui para proliferação dos incêndios no Pantanal, na região de Porto Conceição, em Cáceres (218 km de Cuiabá).
Segundo o boletim, os trechos do rio em Barra do Bugres e Cáceres apresentam os níveis mais baixos registrados no histórico para este período do ano. As poucas chuvas deste ano explicam o baixo nível do rio Paraguai. A tendência é de mais redução nas chuvas em todo Estado, conforme já reportou o HiperNotícias.
“A estação chuvosa – de outubro de 2023 a abril de 2024 – demorou muito para começar e, além disso, as chuvas observadas foram muito aquém do esperado durante toda a estação chuvosa, o que fez com que a recarga de água nos rios e lagoas do Pantanal não ocorresse da forma esperada. Diante disso, o Rio Paraguai começou a baixar muito cedo. Esse cenário de seca que vemos em junho é típico de agosto ou setembro. Neste período, lagoas e rios deveriam estar ainda cheias”, explica o pesquisador em geociências do SGB, Marcus Suassuna.
Cáceres é uma das cidades pantaneiras onde o fogo já consome a vegetação. Atualmente, o fogo se concentra na região de Porto Conceição, conforme divulgou o Corpo de Bombeiros. O local é difícil acesso e os militares contam com apoio de embarcações, e de brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) para o combate.
ESTRUTURA DE COMBATE AOS INCÊNDIOS NO PANTANAL DE CÁCERES
As ações de combate aos incêndios florestais no Pantanal envolvem o emprego de 47 militares, um avião, um helicóptero, dois caminhões-pipa, sete caminhonetes, um barco, quatro pás-carregadeiras, duas motoniveladoras, um trator e um quadriciclo.
O Batalhão de Emergências Ambientais faz o monitoramento de todos os incêndios florestais do Estado via satélite, para orientar as equipes em campo.
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