Estudantes, professores, políticos e representantes da sociedade civil participaram do Ato Público em Defesa da UFMT, realizado nesta quinta (21) no restaurante da universidade. O manifesto foi uma reação às declarações polêmicas do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), que desqualificou o ensino oferecido pela instituição.
No ato, a reitora da UFMT Marluce Silva defendeu que a desqualificação da Universidade pelo prefeito fomenta o ódio e "alimenta a resistência contra a produção da ciência".
Já o deputado estadual Wilson Santos (PSD) relembrou a história da fundação do campus: "Com um trabalho do então deputado Garcia Neto e do senador Filinto Müller, nós conseguimos trazer para Cuiabá a primeira Universidade Federal de Mato Grosso". O político, licenciado em Ciências e em Direito pela instituição, afirmou "Tudo o que eu aprendi na minha vida política eu devo à essa universidade".
O deputado estadual licenciado Valdir Barranco (PT), que está realizando uma especialização pela universidade federal, disse que garante que se o prefeito "conhecesse a competência e a qualidade da Universidade Federal, ele jamais ousaria falar tanta bobagem".
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No entanto, a crítica mais ácida veio do deputado federal Emanuelzinho (MDB), que não compareceu à posse da nova diretoria de seu partido para prestigiar o ato. Ele afirmou que a fala de Abilio foi “bizarra e desnecessária” e que é inadmissível que a UFMT seja desrespeitada dessa forma. “O que a gente aceita é que o prefeito Abilio ajude, auxilie. Se não quer atrapalhar que fique de boca fechada”, alfinetou.
Além de figuras políticas do estado, populares também se manifestaram. De acordo com a professora de Serviço Social Liliane Capilé, que dá aulas há 35 anos, “defender a UFMT é uma necessidade" e ainda configurou a fala recente de Abilio como um absurdo, uma vez que o campus da capital é o maior do estado.
O estudante Vinícius Brazilinu, graduando em Ciência e Tecnologia, a fala do prefeito é irreal, pois "não demonstra a realidade dos serviços prestados pela UFMT" à sociedade mato-grossense, mas sim a sua falta de preparo para a gestão. Ele lembrou que, no dia anterior à ofensa feita por Abilio, representantes da gestão municipal se reuniram com a reitoria do campus para discutir parcerias.
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