ATUALIZADA ÀS 16H58
Vídeos que circulam pela Internet mostram dois caminhões-tanque sendo consumidos pelas chamas na BR-163, entre os municipios de Sinop e Itaúba (579 km de Cuiabá), nesta segunda-feira (21). Segundo a testemunha que narra a gravação, os dois criminosos que iniciaram o incêndio desceram de uma caminhonete se passando por funcionários da concessionária que administra o trecho, Via Brasil.
Segundo a concessionária, um criminoso roubou uma das viaturas da empresa, rendeu o funcionário e roubou seu uniforme. Na sequência, ele fez a interdição da pista e outras pessoas invadiram a rodovia para atear fogo nos dois caminhões. Após iniciar o incêndio, um dos homens envolvidos na ação criminosa sequestrou o colaborador da Via Brasil e o libertou no município de Cláudia.
Segundo a concessionária, o funcionárior recebeu o apoio necessário e passa bem. O atendimento com caminhões-pipa da Via Brasil e as manobras para rescaldo do incêndio duraram até às 12h30. Segundo a concessionária, tudo começou por volta de 11h, no km 987 da BR-163.
Não houve registro de vítimas, mas por conta da interdição, o trecho registrou congestionamento de 2 quilômetros nos dois sentidos.
No momento da garavação dos vídeos, dois caminhões já estavam parados no bloqueio causado pelo incêndio. As imagens são interrompidas no momento em que as testemunhas constatam que os caminhões-tanque explodiriam.
O incidente faz parte da escalada de violência que tomou conta de Mato Grosso desde a retomada dos protestos antidemocráticos com o bloqueio de rodovias, na última sexta-feira.
Segundo o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Francisco Lucena, ao menos 14 pessoas já foram presas ao longo dos três dias de manifestações. Além do derramamento de carga e óleo na pista, sob o pretexto da 'livre manifestação', os criminosos também estão, de acordo com a PRF, espalhando miguelitos nas rodovias. A PRF também confirmou que pessoas armadas participam dos protestos.
Nesta segunda, o ministro da Justiça, Anderson Torres e o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, insistiram novamente para que o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), solicite o apoio das Forças Nacionais, que já estão à disposição. Por conta de um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), entretanto, elas só podem atuar nas unidades da federação a pedido dos chefes do Executivo locais.
Até o momento, o governador e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) se mostraram resistentes à ideia. Hoje, contudo, o governador em execício, Otaviano Pivetta, admitiu que há uma 'mudança no perfil' do movimento.
VIA BRASIL
A reportagem entrou em contato com a concessionária que não se manifestou até a publicação da reportagem.
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