Apesar de ser o assunto da semana, o bairro Pedregal, em Cuiabá, não se encaixa entre os bairros mais violentos da Região Metropolitana de Cuiabá (RMC) neste ano. Segundo registros da Polícia Civil, seis pessoas foram executadas na região esse ano. Porém o que assusta é que três destas foram mortas num intervalo de três dias.
Pelas estatísticas, o Pedra 90 ainda é o mais violento, seguido de Alameda, Cristo Rei, Manga e Santa Isabel. Todos esses bairros tem mais de dez casos de homicídios registrados em 2015.
Mayke Toscano/Gcom-MT

O secretário Mauro Zaque, da Sesp, esteve no bairro, comeu um lanche à beira da rua e disse que a situação está tranquila
No Pedregal, a primeira morte ocorreu no mês de março, quando um homem foi executado enquanto caminhava rumo a sua casa. O autor do crime foi preso no mesmo bairro e não quis comentar sobre o motivo da execução.
Outras duas ocorreram em outubro. Em um dos casos, a vítima estava pilotando uma motocicleta quando foi baleada. Esse crime aconteceu no dia 10 de outubro. No dia 26, outro homem foi baleado e morreu no Pronto-Socorro. Esse crime teria ligação com uma dívida ao tráfico de drogas.
“É o famoso acerto de contas. Onde a vítima não paga o que consumiu e acaba sendo morto. Os traficantes mandam fazer isso para que sirva de exemplo e não se repita com outros usuários”, explicou a delegada Anaíde Barros, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas de Cuiabá.
Os três últimos homicídios são o motivo de todo alarme de terror disparado na semana passada no bairro. As duas primeiras execuções, na noite de domingo (22), geraram um alerta geral na polícia e na comunidade, pois uma das vítimas era chefe do tráfico de drogas no bairro e um dos maiores traficantes de Cuiabá.
Maninho, conhecido como amigo da comunidade, apoiador do esporte e da não-violência no bairro, foi baleado pelo menos seis vezes enquanto estava sentado em frente a sua distribuidora, próximo da Base Comunitária da PM.
Mayke Toscano/Gcom-MT

Uma força-tarefa foi criada pela Sesp para dar maior sensação de segurança no bairro
Junto com ele também morreu Binha. Esse levou um tiro na testa e ficou caído em uma das ruas do bairro. Um terceiro rapaz também foi baleado no maxilar e continua internado. Após essa tentativa de chacina, um verdadeiro clima de terror foi instaurado, pois começaram a circular mensagens nas redes sociais dando conta que bandidos iriam disputar o espaço deixado por Maninho e outros iriam vingar a morte do rapaz.
Passados dois dias da morte de Binha e Maninho, Jefferson Gordo foi executado com dez tiros em frente a uma distribuidora. Ele trabalhava como limpador de piscina, tinha duas filhas e não tinha passagens criminais.
Testemunhas afirmam que os executores estavam em um carro de cor prata e passaram atirando, acertando Jefferson, que chegou a ser socorrido por terceiros, mas morreu no Pronto-Socorro.
Essas três últimas mortes fizeram as forças de segurança do Estado ficarem em alerta, tendo em vista que o crime de verdade acontecia no bairro. Na noite de quinta-feira (26), a cavalaria, a Rotam, o Bope e policiais Civis estiveram presentes no bairro para dar uma nova sensação de segurança aos moradores, que, além de protestarem contra a violência, ainda estão assombrados com os recados e possíveis novos ataques.
Uma portaria será publicada no Diário Oficial de segunda-feira (30), nomeando uma força-tarefa para investigar esses crimes ocorridos no Pedregal. Por enquanto, a DHPP aguarda resultado dos laudos de balística e das perícias para que os casos possam ter conclusão.
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Bruno 29/11/2015
A DIFERENÇA ENTRE ESSES BAIRROS POUCO IMPORTA. AMBOS SÃO BAIRROS DE CUIABÁ. QUE É SIM UMA CIDADE MUITO VIOLENTA! MANDA ESSES QUE DIZEM QUE NÃO É PERIGOSO LEVAREM SUAS FAMÍLIAS NESSES LOCAIS SEM TODO O APARATO QUE O SECRETÁRIO CARREGA, COMO ANDA O CIDADÃO COMUM QUE ESTÁ VULNERÁVEL E VULNERABILIZADO COM ESSES ACONTECIMENTOS. É EVIDENTE QUE SE QUER TAMPAR SOL COM PENEIRAS.
1 comentários