O público feminino é repleto de preferências e vaidades que variam de acordo com a cultura. As brasileiras, em sua maioria, por exemplo, tem o costume de depilar quase todo o corpo. Nos centros de estéticas a depilação de virilha é o serviço mais buscado no Brasil, seguido de buço, axilas e pernas.
Já as europeias não se importam com pelos nas axilas, o que também acaba não sendo um problema para os homens que enxergam a situação como sinônimo de juventude ou formosura.
Alguns países da América do Sul imitam o padrão de depilação. Seja por questão de higiene ou estética. Mas, isso não é uma regra porque as mulheres asiáticas ou italianas não aceitam a perda de pelos, porque a cultura associa ao envelhecimento. Por isso, acabam recorrendo ao implante de pelos na região pubiana.
Isso mesmo, implante de pelos na região íntima. Entre os exemplos está o da atriz Juliana Paes, que precisou se submeter à cirurgia de implante de pelos pubianos para interpretar a personagem Gabriela, na minissérie da Rede Globo. Juliana havia feito a depilação a laser nas axilas e virilhas, o que impossibilitava o crescimento dos fios.
De acordo com o dermatologista de Cuiabá, Igor Azevedo Bottura, o método ainda é bastante polêmico por não ser muito procurado pelas mulheres por conta dos tabus. Mas, apesar desse procedimento ser pouco procurado, em Cuiabá existem algumas que vão na contramão do que a maioria prefere.
Igor Azevedo esclarece que a procura é baixa, mas existe. "Muitos chegam aqui com o pensamento totalmente diferente do que é um implante de pelo na região pubiana. A procura não é a mesma das que querem tirar, mas a mulher de Cuiabá também pensa em implantar pelos sim", explica o dermatologista.
De acordo com estudo mundial realizado pelo International Society Of Hair Restoration Surgery (ISHRS), de 2012 a 2014, houve um aumento na casa dos 95% na procura por implantes em regiões como sobrancelha, bigode, barba, cílios e até pelos pubianos. Veja as porcentagens em escala mundial:
· Faciais (bigode / barba) – aumento de 196%;
· Tórax – aumento de 170%;
· Cílios - aumento de 90%;
· Púbicos – aumento de 62%;
· Sobrancelha – aumento de 52%.
Mas, o dermatologista explicou que o implante pubiano apesar de ser pouco pesquisado o método não é novo. Ele começou a ser feito primeiramente no Japão, depois da segunda guerra mundial, pois as mulheres começaram a nascer e se desenvolver sem pelo devido algumas sequelas. Nisso, os médicos lançaram a novidade para melhorar a autoestima ou autoimagem.
Depois de ser bem propagado outras mulheres que tinham problemas com desenvolvimento hormonal procurou pela cirurgia. As primeiras cirurgias eram realizadas com a técnica tradicional. Tira pelos do couro cabeludo e depois separa fio por fio e implanta.
Agora, com as técnicas modernas, F.U.E (unidade de extração folicular), os pelos podem ser retirados do abdômen, pernas e implantar diretamente na região pubiana sem precisar ser lapidado.
“São micro cortes com micro furos que a gente faz na pele. Nada mais é do que uma cirurgia onde remove o cabelo e planta em outra região. A técnica é moderna, porém precisa ser realizado em centro cirúrgico, com anestesista, médico e mais uma equipe especializada”.
Expectativas do paciente
Antes do implante, o médico afirmou que realiza uma bateria de exames e testes psicológicos para saber se o paciente não espera um resultado irreal. Além da cirurgia, quando a pele não é ideal para realizar o procedimento ou a pessoa possui certas contraindicações, o dermatologista orienta pigmentação (tatuagem que imita os pelos).
“Muita gente com distúrbio psicológico ou psiquiátrico procura pelo procedimento e não realizo porque a pessoa acaba enxergando defeitos onde na verdade não tem. Ou busca por resultados parecido de outras pessoas e nem sempre é parecido. Por isso, acabo aconselhando outros recursos”, afirmou.
Perfil dos pacientes
A rotina nos consultórios é mais por pacientes que querem remover pelos do que por quem quer implantar. O perfil dos que procuram pelos é quem tem problemas com hormônios e não consegue formar os fios, cicatrizes na região pubiana, cesárea muito baixa, ou queimaduras.
Pessoas com problemas de imunidade, alteração na coagulação de sangue, tendência a queloide não são autorizados a realizar o procedimento. Já quem tem diabete e controla com medicamentos podem fazer desde que siga os padrões indicados.
Cuidados
Os cuidados pós-operatórios são o mesmo que qualquer outra cirurgia. Repouso de sete dias, ficar três dias sem lavar o local para os cabelos não soltarem, uso de analgésicos e pomada antibiótica.
Depois de um mês, o paciente tem liberação de aparar os pelos ou depilar normalmente, já que fica com aspecto de crescimento e espessura de quem nasce com pelos. O valor da cirurgia pode chegar até R$ 10 mil.
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