A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) realizou uma investigação sobre casos de dermatite registrados desde o final de julho em Lucas do Rio Verde e identificou a presença de ácaros em praças, parques e pistas de caminhada do município.
Moradores que tiveram contato com a grama em áreas verdes relataram o surgimento de lesões de pele. As manchas vermelhas, especialmente em áreas de dobra da pele, provocaram coceira e duraram de 3 a 4 dias.
Entre os dias 26 e 29 de agosto, médicos veterinários, biólogos da Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental da SES e técnicos da Secretaria Municipal de Saúde de Lucas do Rio Verde inspecionaram seis locais relacionados às notificações de reações cutâneas. Em todos os locais, foi identificado o ácaro Ornithonyssus sylviarum, associado a aves urbanas e silvestres. Em três desses pontos, também foi encontrado o carrapato estrela (Amblyomma sculptum).
Segundo a gerente de Controle de Vetores e Zoonoses, Fernanda Cristina Santana, amostras coletadas foram encaminhadas ao laboratório de referência nacional para investigação sobre a presença de outros patógenos.
“O contato com esses ectoparasitas pode causar dermatite, caracterizada por vermelhidão, coceira e irritação na pele. Embora os sintomas sejam autolimitados e tratáveis, a SES recomenda medidas preventivas, como evitar levar alimentos às praças, usar roupas que cubram a pele durante atividades ao ar livre e manter cuidados adequados com o descarte de resíduos, para reduzir a atração de aves nos espaços urbanos”, explicou.
A gerente ressaltou que a medida não é contra as aves, que desempenham papel ecológico essencial. “A chave está na mudança de hábitos da população para evitar o desequilíbrio ambiental que favorece o contato com esses animais e o ácaro causador”, acrescentou.
No site da Prefeitura, a secretária municipal de Saúde, Fernanda Heldt Ventura, afirmou que nem todas as pessoas que têm contato com o ácaro desenvolverão dermatite. As lesões não são transmissíveis de pessoa para pessoa e não apresentam evolução grave.
“Neste momento, é necessário evitar o contato, pois o ácaro permanece nas penas das aves. Apesar do incômodo, as lesões podem ser controladas com o uso de anti-histamínicos”, concluiu.
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