Além disso, foi necessária uma força-tarefa envolvendo os Bombeiros, a Polícia Civil de Santa Catarina - a região fica próxima à divisa com o Estado -, funcionários da concessionária do espaço e do ICMBio e um grupo de montanhistas parceiro.
Em entrevista ao jornal Pioneiro, do Grupo RBS, o socorrista da menina, médico João Eugênio, do Serviço Aeromédico do Estado de Santa Catarina (Saer), ligado à Polícia Civil, afirmou que o local em que a criança estava era de "acesso extremamente difícil, com vegetação densa e nevoeiro espesso".
Segundo ele, "a tecnologia (do drone) foi decisiva" para uma resposta rápida ao acidente. O tempo total de resgate foi de dez horas e, como mostrou recentemente o Estadão, resgates em montanhas podem levar muitas horas ou até dias.
"Cada operação é única. Mesmo com protocolos estabelecidos, adaptamos tudo às condições do momento", disse João Eugênio ao jornal gaúcho. "Talvez sim (poderiam ter feito o resgate mais cedo se o drone tivesse chegado antes). Seria possível tentar, mas sem garantia de que conseguiria realmente e de que o desfecho seria diferente."
A criança caiu às 13h, foi localizada pelo drone às 17h30 e resgatada às 23h, já morta, com a ajuda de rapel. Seu corpo foi removido por maca apropriada. "A operação foi realizada em meio a nevoeiro muito intenso, escuridão e temperatura abaixo de zero."
Em nota, a Urbia, responsável pelos serviços de apoio à visitação ao Cânion afirmou que "concentrou todos seus esforços no apoio às autoridades durante o resgate, que se iniciou imediatamente após a equipe da concessionária ter sido informada do acidente".
Nas redes sociais, internautas comparam o tempo de resposta do caso no Rio Grande do Sul em relação ao de Juliana Marins, brasileira que morreu após cair de penhasco no monte Rinjani, na Indonésia. Foram quatro dias até que ela fosse resgatada, o que só foi possível, também, após localizá-la com drone térmico.
(Com Agência Estado)
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