As bancadas do Partido Progressista (PP) e do recém-criado Partido Republicano da Ordem Social (PROS) discutem a formação de um novo bloco parlamentar de apoio ao governo na Câmara.
Criado em setembro após decisão favorável do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PROS conta com 17 representantes na Câmara – o que o coloca na 11ª posição em quantidade de deputados federais. Já o PP, com 41 parlamentares, é o quarto maior partido da Casa, atrás somente de PT (88 deputados), PMDB (76) e PSDB (46).
Se concretizada a união, o novo bloco será composto por 58 deputados e se tornará a terceira maior bancada. Com o fortalecimento do apoio à Presidência da República, o PP quer garantir o comando de mais um ministério.
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"São pessoas que têm identificação muito forte. A nossa bancada do PP no Ceará é muito ligada ao governador Cid Gomes (ex-PSB e atual PROS), que esteve muito próximo de se filiar ao PP. Existe identificação total. Os dois partidos querem apoiar a presidente Dilma”, afirmou.
Líderes das duas siglas ainda discutem com correligionários a possibilidade de unir os parlamentares, para que passem a atuar de maneira uniforme nas votações como uma única bancada. O líder do PROS na Câmara, deputado Givaldo Carimbão (AL), afirmou que vai reunir a bancada para decidir sobre a formação do bloco com o PP.
“A proposta é para dar mais força aos dois partidos, mas ainda precisamos avaliar. Vou reunir a bancada nesta semana”, disse Carimbão.
No PP, o presidente da sigla diz haver apoio ao bloco. “O líder do PP [na Câmara, Eduardo da Ponte] está fazendo consulta a todos parlamentares e até agora não existe oposição à união com o PROS”, disse.
‘Queremos o lugar do PSB’
Além de articular com o PROS a formação de um novo bloco, o PP pleiteia junto ao governo o comando de mais um ministério. Atualmente, o partido detém o Ministério das Cidades – o ministro é o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Segundo Ciro Nogueira (PI), a intenção é ocupar o espaço deixado pelo PSB, que no último mês anunciou a entrega de todos os cargos que ocupa no governo federal. O PSB pretende lançar para presidente da República, para concorrer contra a presidente Dilma Rousseff, o presidente da sigla, o governador Eduardo Campos (PSB-PE).
“O PP tem sido o partido mais fiel ao governo. Há discussão no PP pelo crescimento. Estamos pleiteando mais um ministério, em especial o da Integração”, disse Nogueira. A pasta era chefiada até o último dia 1º por Fernando Bezerra, do PSB.
A expectativa era que o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) ocupasse o cargo – Francisco Teixeira, ex-secretário de Infraestrutura Hídrica, foi nomeado ministro interino.
“Queremos ocupar esse espaço deixado pelo PSB. Já manifestamos a intenção ao governo. O governo já sinalizou que vai dar maior espaço para o partido, só não definiu onde”, declarou Nogueira ao G1.
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