A nova técnica faz parte do Projeto Eliminar a Dengue – Desafio Brasil e também é desenvolvida em outros quatro países: Austrália, China, Indonésia e Vietnã. Ela prevê a inoculação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que ao entrar no corpo do inseto bloqueia a replicação do vírus da dengue.
“A expectativa é que o processo ocorra muito rápido. Na Austrália [onde a pesquisa também ocorre], eles viram que em poucas semanas os mosquitos [com a bactéria] são capazes de se introduzirem nos lugares. Então a gente pode assumir que, em três ou quatro semanas, os mosquitos daquela localidade não vão transmitir a dengue. Mas como o Rio é uma cidade muito movimentada, é difícil afirmar que será um processo que terá proporção muito rápida em larga escala. A gente espera resultados específicos para cada localidade e que, a partir disso, poderemos ter reduções ao longo do tempo, na medida em que formos introduzindo os mosquitos”, disse Sylvestre.
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“A bactéria bloqueia a replicação do vírus. Quando o mosquito que tem esta bactéria suga o sangue de alguém com dengue, o vírus entra no corpo do inseto mas não consegue se reproduzir e morre”, explicou o biólogo, que é mestre em biologia parasitária pela Fiocruz.
No momento, a pesquisa está na fase de coleta de mosquitos, por meio de armadilhas espalhadas em casas de moradores voluntários. No ano que vem, os mosquitos infectados com a Wolbachia começarão a ser soltos nos bairros onde a pesquisa ocorre, com a expectativa de que logo contaminem, através da reprodução, os demais mosquitos da espécie. Segundo Sylvestre, a pesquisa está sendo feita apenas com o Aedes aegypti, pois o outro mosquito que também transmite a dengue, o Aedes albopictus, não é considerado vetor da doença no Brasil.
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