O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, disse, nesta quarta-feira, 10, que o total de recursos anunciados pela presidente Dilma Rousseff "em caráter emergencial" para os municípios é uma espécie de "tapa-buraco", apesar de considerá-lo "bem-vindo".
Ziulkoski garantiu que a entidade continuará mobilizada por mais repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Na avaliação dele, os recursos socorrerão aqueles que "estão na penúria".
"Nós estamos reivindicando 2% do Fundo de Participação [dos Municípios]. Depois estava se negociando 1%. O que a presidente anunciou é uma alteração no FPM. São R$ 3 bilhões pelo critério do FPM, só que em duas parcelas e emergencial, não é permanente. É um tapa-buraco, mas o que nós vivemos no Brasil? Não é só de tapa-buraco?", questionou Ziulkoski.
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"Como depende de uma emenda constitucional [o aumento], não depende nem do Executivo. Basta os deputados e senadores aprovarem uma PEC [Proposta de Emenda à Constituição] destinando 1% ou 2% a mais para os municípios", disse. "É isso que nós temos que trabalhar forte", acrescentou.
O presidente da entidade afirmou que faltou "sensibilidade" a Dilma para responder à principal demanda municipalista em seu discurso, que ocorreu dividido entre manifestações de apoio e de protesto.
"Poderia tudo sair tranquilo desde que viesse e anunciasse pelo menos 1% a mais no FPM. O que eu vou fazer se o governo não quis fazer isso?", indagou Ziulkoski.
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