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Brasil Quarta-feira, 28 de Maio de 2025, 22:02 - A | A

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Quarta-feira, 28 de Maio de 2025, 22h:02 - A | A

LEGADO DE ATUAÇÃO GLOBAL

Morre Marcos Azambuja, ícone da diplomacia brasileira

DA REDAÇÃO

Faleceu nesta quarta-feira (28), aos 90 anos, o embaixador Marcos Azambuja, ex-secretário-geral do Itamaraty e uma voz respeitada por décadas nas relações internacionais do país. Sua partida deixa um legado de atuação estratégica e pensamento profundo sobre o papel do Brasil no mundo.

Azambuja construiu uma carreira de prestígio, representando o Brasil em embaixadas cruciais como as da França e Argentina. Foi também conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), onde sua inteligência era referência.

Ao longo de sua trajetória, o embaixador esteve à frente de delegações importantes, como a de Genebra para temas de desarmamento e direitos humanos (1989-1990). Seu papel foi fundamental na coordenação da histórica Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, um evento que marcou a agenda ambiental global.

Entre 1990 e 1992, Azambuja ocupou a posição de Secretário-Geral do Itamaraty, cargo equivalente ao de vice-chanceler, e teve passagens por cidades como Londres, Cidade do México e Nova York (na Missão do Brasil na ONU). Sua expertise também o levou a ser membro de comissões internacionais dedicadas a armas de destruição em massa e não proliferação nuclear, consolidando-o como uma autoridade em segurança global.

Mesmo após se afastar da linha de frente, Marcos Azambuja permaneceu uma figura influente. Em uma de suas últimas entrevistas, ao podcast "O Assunto", ele discorreu sobre a tentativa do Brasil de mediar a guerra na Ucrânia.

Azambuja defendia que o Brasil possui legitimidade moral para buscar a paz, mas ressaltava que a mediação exige mais do que apenas iniciativa própria.

"Você não pode se oferecer a ser mediador, os outros é quem têm que convocar você, porque você inspira confiança, você inspira credibilidade", pontuou o embaixador, sugerindo que o Brasil deveria construir uma postura que o tornasse um "instrumento necessário" para a paz global, através de coerência e equilíbrio.

Diplomata, Pensador e Cronista Além da carreira diplomática, Marcos Azambuja era um dedicado intelectual e escritor. Foi articulista em diversos veículos de imprensa e, nos últimos anos, trabalhava em um livro que reuniria suas reflexões sobre política, história, arte e o cotidiano.

Sua paixão pelo conhecimento o levou a ser membro de instituições como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), além da Fundação Roberto Marinho.

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