Malafaia reclamou da apreensão de seus cadernos na ação da Polícia Federal deflagrada contra ele no dia 20 de agosto e atribuiu a ação a essa suposta perseguição. "Meus cadernos são minha ferramenta de trabalho. Alexandre de Moraes, você não promove apenas perseguição política. Religiosa também", discursou.
O pastor também reclamou da apreensão do seu passaporte, o que classificou de "intimidação", e da divulgação dos seus diálogos com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Disse que essa divulgação teve o objetivo de prejudicar sua reputação. "De fato, de vez em quando eu falei uns negócios indevidos, eu reconheço. Mas é melhor falar uma coisa indevida do que destruir a democracia brasileira. Aí o que ele (Moraes) faz: ele libera isso, pra denegrir a minha imagem diante da opinião pública brasileira e da opinião pública evangélica", afirmou.
Malafaia também disse que ele costuma enviar seus vídeos para quatro ministros do STF e que a análise do seu celular apreendido pela Polícia Federal vai mostrar isso. "Vaza que os vídeos que eu publico eu mando pra quatro ministros do STF, no telefone direto deles. Vaza que os ministros estão recebendo os meus vídeos. Estão em conluio comigo? Prevaricaram? Claro que não", disse.
O pastor ainda criticou a condução da ação penal da trama golpista contra Jair Bolsonaro e disse que não há provas de que o ex-presidente tentou colocar em prática qualquer ação golpista.
'Calem a boca'
Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que são cotados como possíveis candidatos presidenciais em 2026, Malafaia criticou a discussão de nomes da direita para substituir Jair Bolsonaro na disputa presidencial e lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve sua candidatura até o último dia quando estava preso por causa da Lava Jato, em 2018.
"Nenhum filho de Bolsonaro nem ninguém da direita tem que dizer: se Bolsonaro não for candidato, eu estou aqui. Isso é imaturidade política. Eu vou avivar a memória aqui. Lula na cadeia um dia antes do prazo final da candidatura pelo TSE na eleição de 2018. Um dia antes, ele indicou o (Fernando) Haddad, e tava na cadeia. Que papo é esse de vir aqui dizer que A, B ou C é candidato da direita. Calem a boca!", afirmou.
(Com Agência Estado)
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