O caso ocorreu nesta terça-feira, 29, quando, na tribuna da Câmara, Cris Monteiro dirigiu-se a sindicalistas que acompanhavam a votação do reajuste dos servidores municipais e provocou forte reação da plateia e de parlamentares.
Durante o discurso, Cris repreendeu Luana, que tentava confrontá-la, e disse: "Por favor, Luana, calada. Pode me devolver o tempo. Eu escutei todos vocês calada. (...) Agora, quando vem uma mulher branca aqui, falar a verdade para vocês, vocês ficam todos nervosos. Porque uma mulher branca, bonita e rica incomoda muito vocês". Em coro, servidores que acompanhavam a sessão das galerias gritaram "racista" após a declaração da vereadora do Novo.
No documento, Luana Alves argumenta que a conduta de Cris Monteiro violou princípios constitucionais como o da igualdade e da dignidade da pessoa humana, além do crime de racismo, que destaca a vereadora, é inafiançável, imprescritível e sujeito à pena de reclusão.
"A fala da vereadora Cris Monteiro revela conteúdo discriminatório com base na cor da pele, classe e gênero, sendo inaceitável em qualquer espaço, especialmente no plenário desta Casa Legislativa. A argumentação reforça que o racismo pode se manifestar por meio de discursos que reforçam privilégios e estigmatizam corpos racializados, e, portanto, exige responsabilização política desta Corregedoria", diz trecho do documento.
A vereadora do PSOL pede que a Corregedoria tome providências cabíveis em relação à conduta da parlamentar. As possíveis penalidades incluem considerar a conduta incompatível com o decoro parlamentar, o que, conforme a Lei Orgânica e o Regimento Interno da Casa, pode levar à perda do mandato.
Nesta terça, o áudio da transmissão oficial da sessão pela Rede Câmara, canal da Casa no YouTube, chegou a ser interrompido por alguns minutos, mas foi restabelecido em seguida. Após o retorno, a vereadora do Novo pediu desculpas.
"Lamento profundamente se alguém em particular se sentiu ofendido com a minha fala, não foi minha intenção. Faço uso da tribuna, como qualquer parlamentar, para defender minhas ideias e falar o que penso", disse Cris Monteiro.
(Com Agência Estado)
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