As buscas pelos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, completaram um mês na semana passada. Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça foram os primeiros a escaparem de uma cadeia federal, sistema que existe desde 2006. Cerca de 500 agentes tentam recapturar os fugitivos, ligados ao Comando Vermelho (CV), mas fracassaram até agora diante das táticas usadas pelos detentos e pela geografia da caatinga potiguar.
Internamente, a percepção é de que o maior dano à imagem do governo não foi a fuga em si, mas a demora na recaptura incomoda. O caso expôs ainda problemas da unidade federal, que tinha câmeras desativadas e iluminação precária. Os homens escaparam pela estrutura da luminária, que foi quebrada, e cortaram grades externas com alicates.
A fuga no Rio Grande do Norte aconteceu poucos dias depois de Lewandowski assumir a Justiça após a saída de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF). Há policiais de diversos Estados, além de forças federais, procurando os fugitivos, mas nenhum deles foi recapturado até o momento. O caso se tornou um flanco para o governo na área de segurança pública.
Durante o período das buscas, a dupla de criminosos já fez uma família refém, conseguindo comunicação com comparsas de outros Estados. Posteriormente, Deibson e Rogério se alojaram em um sítio, cujo proprietário foi posteriormente preso pela PF sob suspeita de ter ajudado a esconder os fugitivos; ele diz que foi mantido refém e obrigado a prestar apoio. Já houve seis presos sob a acusação de ajudarem na fuga de alguma forma; as prisões foram em cidades do Ceará e do Rio Grande do Norte.
Além de Lewandowski, os únicos ministros que falaram foram Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde), Cida Gonçalves (Mulheres), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secom). O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, também teria feito um pronunciamento rápido. (Colaborou Caio Possati)
(Com Agência Estado)
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