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Brasil Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 18:00 - A | A

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Terça-feira, 27 de Maio de 2025, 18h:00 - A | A

Defesa de Torres busca afastar ex-ministro de blitze no 2º turno e live sobre urnas

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres tentou extrair das testemunhas nesta terça-feira, 27, que não houve "policiamento direcionado" nas eleições de 2022 nem teor político em reunião no dia 19 de outubro daquele ano. Na ocasião, seriam desenhadas as blitze em maior número na região Nordeste no segundo turno do pleito presidencial.

Nos depoimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que investiga tentativa de golpe de Estado, outro ponto explorado foi a "convocação" de Torres pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) para participar de live com ataques sem provas às urnas em eletrônicas, em 2021.

Dos 11 depoentes ouvidos nesta terça-feira, a defesa inquiriu cinco pessoas que disseram ter participado daquela reunião e todas elas negaram algum teor político ou de favorecimento a Bolsonaro no encontro em outubro.

Foram eles o ex-diretor de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Djairlon Henrique Moura; o ex-diretor Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal Caio Rodrigo Pelim; o ex-diretor-geral da Polícia Federal Marcio Nunes; o ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alessandro Moretti e o delegado da PF Marcos Paulo Cardoso.

Todas as testemunhas disseram que a reunião tratou do policiamento no segundo turno e de procedimentos de "praxe" da Polícia Federal. Um deles, Djairlon, foi alvo de contestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Ele lembrou que Djairlon foi indiciado em inquérito que investiga as blitze. Em razão disso, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes disse que Djairlon teria resguardado o direito de mentir sobre esse episódio.

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) traz uma conversa em um grupo de WhatsApp em que a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça Marília de Alencar afirmou que nessa reunião de 19 de outubro de 2022 Anderson Torres foi "isento p... nenhuma" e "meteu logo um 22", em referência ao número de urna de Jair Bolsonaro.

A defesa também procurou tirar das testemunhas a informação de que Anderson Torres teria sido obrigado por Bolsonaro a participar da live com ataques sem provas à lisura das urnas eletrônicas, em 2021. Duas delas afirmaram isso: o ex-secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça Braulio do Carmo Vieira e Marcio Nunes, ex-diretor-geral da PF.

Braulio falou que ele teria sido convocado e que Torres ainda teria sentido "desconforto" por ter "desconhecimento técnico" sobre o tema.

Nunes disse à defesa de Torres na tarde desta terça-feira que o ex-ministro foi "convocado" por Bolsonaro para participar daquela live.

Posteriormente, Gonet perguntou a Nunes como ele sabia disso. "Houve comentários. Esse contato (com Torres) era diário", respondeu o ex-diretor-geral. O procurador-geral insistiu e questionou se Torres teria sido formalmente convocado ou se a palavra foi usada no sentido de um mero chamamento. Nunes disse não ter feito essa distinção.

Além dos já mencionados, também depuseram o ex-diretor da Abin Saulo Moura da Cunha, a ex-subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal Cintia Queiroz de Castro, o chefe da Divisão de Repressão a Crimes Eleitorais da Polícia Federal Fabrício Rocha, o ex-ministro da Educação Victor Godoy e o ex-diretor de combate ao crime organizado da Polícia Federal Luiz Flávio Zampronha.

Saulo disse que o órgão só teve condições de cravar a gravidade dos atos do 8 de Janeiro na véspera, Cintia afirmou que tinha conhecimento da chegada de caravanas a Brasília na noite do dia 5, mas não sabia da intenção de depredar patrimônio público.

Victor Godoy negou intenção antidemocrática em reunião ministerial que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno falou em "virar a mesa" antes da eleição presidencial.

Zampronha disse não saber do teor do documento produzido por peritos da PF sobre a lisura das urnas eletrônicas e Rocha falou que é comum a presença ostensiva da PF nos dias de eleição.

(Com Agência Estado)

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