O evento desta terça-feira, realizado no Salão Negro da Câmara dos Deputados, reuniu principais figuras do Centrão, como o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), figurantes relevantes do PL de Bolsonaro - Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, e os líderes da Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e do Senado, Carlos Portinho (RJ), entre eles - Ronaldo Caiado, pré-candidato do União à Presidência da República em 2026 e os ministros de Lula.
O União Progressista lançou um manifesto comum, lido pelos presidentes do União, Antônio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira (PI), que comandarão conjuntamente a federação em 2025. No manifesto lançado, o União Progressista defende a "modernização do Estado" e um "choque de prosperidade".
"A fragmentação da representação parlamentar, recorde em termos internacionais, há muito é apontada como um dos graves empecilhos à governação do País, dificultando a construção de maiorias estáveis e emprestando opacidade ao nosso sistema político", diz o texto.
Esse choque, segundo o manifesto, seria "uma reforma modernizadora do Estado. Que será mais que uma simples reforma administrativa. Deve promover a inovação, com o uso intensivo e extensivo de fórmulas avançadas de tecnologia de gestão; repensar a dimensão dos entes estatais; e revisitar a estrutura de cada um dos Poderes".
Pré-candidato ao Planalto em 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), criticou a política fiscal e de segurança pública do governo Lula e falou que o partido triunfará no próximo ano. "Em 2026 vamos ganhar as eleições no País e vamos subir a rampa do Palácio do Planalto", discursou Caiado, para os aplausos de Ciro e Rueda.
Vice-presidente do União Brasil, Antônio Carlos Magalhães Neto defende que a federação desembarque do governo já no segundo semestre deste ano. "Eu entendo que a partir da formalização da federação, que deve acontecer até o início do segundo semestre de 2025, vamos ter que enfrentar a participação ou não governo", disse. "Eu acho que vai ser inevitável para que a gente tenha uma desvinculação completa com o governo e a qualquer tipo de participação nele."
Neste momento, o União tem três ministérios: Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicação), e o PP tem um: André Fufuca (Esporte). Todos estiveram presentes, inclusive o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que indicou dois dos três ministros do União na Esplanada.
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Com a formação da federação, PP e União ainda terão que acertar impasses em diversos Estados. Na Bahia, por exemplo, o PP deseja ser base de Lula e do governador Jerônimo Rodrigues (PT) enquanto o União é o principal adversário político do PT no Estado. Em outros Estados, há impasses sobre indicações a disputas eleitorais em 2026 - caso de Amazonas, Pernambuco, Paraíba e Paraná.
Nos Estados em que houver impasse, segundo lideranças, a expectativa inicial é que os diretórios estaduais sejam comandados pelo diretório nacional. Isso acontecerá com Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, os três principais colégios eleitorais do Brasil.
Um líder da nova federação ouvido pela reportagem diz, reservadamente, que a expectativa é que a definição nesses Estados em que há conflitos se incline pela candidatura mais competitiva.
(Com Agência Estado)
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