Segundo o professor Rodrigo Paiva, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), as novas enchentes configuram um evento extremo acima da média, "confirmando o padrão de aumento de chuvas extremas e cheias no RS". As enchentes atingem o centro do Estado pelo 3.º ano consecutivo.
A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado e a Defesa Civil não informaram se o evento é o segundo ou terceiro maior ocorrido no Rio Grande do Sul. Até agora, 20 municípios decretaram situação de emergência e um, Jaguari, calamidade pública.
Segundo a Defesa Civil, seis rios se encontram em cota de inundação, mas a maioria tem tendência de estabilidade ou declínio no momento. Entre aqueles com tendência de elevação estão o Uruguai, de São Borja a Uruguaiana; o Ibicuí, em Manoel Viana; o Jacuí, a partir de Rio Pardo; e o Sinos, em São Leopoldo. As ilhas da região metropolitana de Porto Alegre estão com níveis variando entre estabilidade e declínio.
Impactos distintos
Embora ainda seja preciso aguardar o fim das chuvas para se ter a dimensão total, Paiva estima que o evento atual se aproxima dos ocorridos em setembro e novembro de 2023 em termos de volume de precipitação e abrangência. Mas eles ocorreram em regiões diferentes e com impactos distintos.
"(O evento deste ano) foi abrangente espacialmente, mas a chuva foi maior no centro e no oeste do Estado, onde há menos densidade populacional comparada com a da serra, vales e região metropolitana de Porto Alegre", afirma.
Em 2023, as chuvas foram maiores na bacia do Rio Taquari e no nordeste do Estado, causando estragos maiores, assim como em 2024.
Embora tenha causado alagamentos também na serra, nos vales e na região metropolitana de Porto Alegre, a chuva dos últimos dias foi muito maior na região central gaúcha.
No ano passado, as chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul causaram 184 mortes, segundo balanço da Defesa Civil do Estado divulgado em 24 de abril deste ano. Mais de 1,9 milhão de pessoas foram afetadas, segundo a Defesa Civil. Os números superaram os de 1941, quando também houve uma cheia histórica no Estado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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