"Pelo que me recordo, houve uma convocação do presidente da República", afirmou o delegado da Polícia Federal, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 27.
Torres então, segundo ele, procurou técnicos da Polícia Federal para que levantassem documentos sobre a segurança das urnas eletrônicas. "Houve desconforto pelo desconhecimento técnico do tema", relatou.
Ainda de acordo com Vieira, o documento apresentado naquela live foi elaborado por peritos criminais da Polícia Federal. Ele também disse desconhecer o teor desse texto.
Torres é réu nessa ação penal e chegou a ficar preso preventivamente por quatro meses por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.
O ex-ministro é investigado sobre a atuação das forças de segurança (à época, ele ocupava a função de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal) durante a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, e depois virou réu na ação penal sobre golpe de Estado. A PF encontrou na casa de Torres uma minuta de decreto para anular as eleições e instaurar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na manhã desta terça-feira foram ouvidos funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da PF e da PRF durante o governo Bolsonaro.
O ex-diretor de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Djairlon Henrique Moura disse ao STF que blitze durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022 ocorreram para verificar a condição dos carros e dos transportadores, mas não impediram o fluxo de veículos de transporte durante a data. "Mais de 60% dos veículos fiscalizados não demoraram mais que 15 minutos para liberá-los", disse.
Ele também negou que houve um direcionamento específico para o Nordeste, ainda que tenha confirmado que, dias antes, houve uma operação da PRF em ônibus que estavam se deslocando do Centro-Oeste e do Sudeste para o Nordeste.
(Com Agência Estado)
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