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Artigos Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2012, 07:00 - A | A

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Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2012, 07h:00 - A | A

Petróleo e crise

O nível de dependência de um país se relaciona diretamente entre a existência de commodities no próprio território ou a necessidade imperiosa de importa-las, determinando, assim, a capacidade política, econômica, diplomática e militar para garanti-los

JUACY DA SILVA

Divulgação

Com certeza o petróleo e seus derivados são as “commodities” que mais impactam a economia mundial e de cada país dependendo da matriz energética e do grau de dependência externa que existe.

Além do petróleo e seus derivados existem outras commodities como minerais, alimentos, produtos vegetais que desempenham papel decisivo no crescimento econômico.

O nível de dependência de um país está relacionado diretamente entre a existência dessas commodities no próprio território ou a necessidade imperiosa de importá-las, determinando, assim, a capacidade política, econômica, diplomática e militar para garantir o suprimento desses insumos, sem o que se torna impossível um crescimento compatível com a estatura estratégica do país considerado.

Muitos conflitos e mesmo guerras já ocorreram em decorrência da disputa entre países pelo suprimento dos insumos vitais para o seu desenvolvimento. Países que em algum momento da história ocuparam posições de hegemonia ou domínio sobre os demais, caracterizando-se como impérios, a exemplo de Portugal, Espanha, Holanda, Inglaterra, Franca, Alemenha, Japão e mais recentemente Estados Unidos, China, Ex-União Soviética (atualmente Federação Russa), sempre estiveram em conflitos para manterem territórios ocupados na Ásia, África e América Latina ou quando não mais conseguiam manter tais territórios pelo menos garantir a exploração de seus recursos naturais, de preferência a preços aviltantes.

O Oriente Médio e a África, principalmente os países situados ao norte do continente, possuem grandes jazidas de petróleo e principalmnte após a organização da OPEP passaram a utilizar tal commoditie como arma política e ideológica, transformando os países europeus, os EUA e o Japão em prisioneiros desta dependência.

As crises do petróleo de 1967 e 1973 trouxeram enormes impactos em todos os países importadores, incluindo o Brasil, cujas consequências estiveram presentes por mais de duas décadas, incluindo a aceleração do processo inflacionário, desequilíbrio das contas públicas, em virtude dos subsídios que os governos bancavam para evitar que o peso do aumento rápido do preço dos combustíveis pudessem sacrificar ainda mais o povo.

Apesar dos impactos negativos, o aumento do preço do petróleo e seus derivados possibilitou mudanças tecnológicas que até então eram inviáveis em termos econômicos. Podem ser mencionados o surgimento dos motores a álcool, o desenvolvimento da indústria sucroalcoleira, do etanol e de outros combustíveis e fontes de energia renováveis como a solar, a eólica, a geotermal e também uma maior participação da energia nuclear na matriz energética de países europeus, do Japão e dos EUA. Outro exemplo recente sao os veículos flex (que podem usar alternadamente gasolina e etanol) ou os carros híbridos, movidos a gasolina e eletricidade, ou mesmo os carros elétricos que se apresentam como uma alternativa revolucionária à dependência do petróleo.

Outro impacto positivo foi a substituição parcial do transporte rodoviário, principalmente de cargas, pelo ferroviário e também outros modais além dos ônibus na matriz de transporte urbano, incluindo os metros e outros mais.

No caso dos EUA o preço da gasolina que tem aumentado por mais de nove meses consecutivos, tendo atingido o nível de US$ 3,80 por galão (3,785 litros), um dos mais altos nos últimos seis anos. Na verdade este preço representa US$ 1,00 dolar por litro, ou seja, em torno de R$ 1,80 por litro, muito aquém dos precos pagos pelos consumidores brasileiros, apesar do governo sempre dizer que nosso país e auto-suficiente em petróleo e derivados. Para cada 25 cents de dólar de aumento no preço da gasolina nos EUA o impacto é de US$ 35 bilhões no bolso dos consumidores e isto acaba impactando a luta pela recuperação econômica tanto nos EUA quanto na Europa e outros países asiáticos.

A crise no Oriente Médio envolvendo principalmente o Iran, a Síria, a guerra no Afeganistão e a herança deixada pela guerra no Iraque, além da instabilidade de vários outros países da região produtores de petróleo ou a insegurança das rotas marítimas por onde escoam tanto petróleo quanto outros produtos, podem trazer sérias consequências para a economia mundial.

No próximo artigo irei apresentar alguns dados estatísticos que possibilitam uma melhor análise e visão mais atual deste quadro extremamente complexo e de alta volatilidade!

(*) JUACY DA SILVA é professor universitário, mestre em sociologia, colaborador de HiperNoticias. Blog: www.professorjuacy.zip.net. E-mail: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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