Edison Rodrigues/Secom/MT |
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Desde que se elegeu senador em 2010, o ex-governador tem se pautado por um silêncio que o deixa em posição constrangedora. Tem sido criticado sucessivamente sobre a sua gestão no governo, curiosamente por vozes menores que o bajularam ou juraram amizade eterna nos seus quase oito anos de gestão.
Por isso, cabem algumas perguntas e muitas reflexões sobre o silêncio do ex-governador Blairo Maggi. As críticas tem sido dirigidas a aspectos da sua gestão principalmente. Mas o que torna-se arriscado para o estado nesse silêncio, é o andamento de uma quase conspiração para contrapor o ex-governador com o atual, Silval Barbosa. Aqui cabem duas considerações.
A quem interessa produzir o rompimento entre ambos? Basicamente a dois políticos: o presidente da Assembléia Legislativa, José Riva, e o presidente do Diretório Estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra. Cada um com suas motivações. Riva, porque busca abrir espaços para as eleições em 2014. Bezerra, porque deseja a tutela de Silval Barbosa e do PMDB. O mais, são vozes menores da burocracia ou parlamentares estaduais de menor expressão em busca de agregar valor à imagem tentando criar uma “briga de cachorro grande”.
Para Silval Barbosa haverá mais perdas do que ganhos. Por uma razão simples. Querendo ou não Blairo foi o seu grande patrono na eleição a governador. Entre eles não existe nenhuma aresta relevante. A representatividade de Maggi é muito importante para ser deixada de lado tanto no Estado como no Brasil.
Já, sobre o silêncio do ex-governador, cabem também importantes reflexões. Quando ele se elegeu governador em 2002, substituiu quadros importantes da política tradicional de Mato Grosso. Veio respaldado por um nascente mundo empresarial, especialmente do agronegócio. Não teve respaldo determinante do setor político para se eleger. Teve o respaldo popular e empresarial. Inovou e deu direções novas à gestão e à economia, beneficiando-se também da boa onda mundial e nacional de crescimento.
Com isso, hoje no Senado, Maggi é uma referência de Mato Grosso e da economia nacional. Suas mágoas por essas críticas que vem recebendo, não tem estatura para deixa-lo amuado como está. Seu silêncio constrange-o e constrange a população que lhe deu mais de 1 milhão do votos para senador. Seu eventual afastamento da política ou da política mato-grossense, em algum momento, ou mesmo no final do mandato, significará a perda de um grande investimento em liderança, iniciado lá em 2002. Os cenários mundiais pedem alguém com o seu perfil, tanto para o país como para Mato Grosso.
Imagjno que entrevistas e posicionamentos amplos, reporão a sua imagem. Riva e Bezerra estão fazendo o seu papel institucional. O mais é menor. Concretamente Mato Grosso não pode continuar perdendo lideranças em quem a sociedade investe esperanças e depois elas se perdem por várias razões. A propósito voltarei a esse assunto.
Neste momento, se Silval Barbosa e Blairo fumarem o cachimbo da paz permanente, o restante da situação se ajustará. Então, ficamos assim: “Fala, Blairo Maggi!”.
(*) ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso. E-mail: [email protected]
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Ciro Caldeu 21/01/2012
Pura estratégia, caro Watson: Onofre, certamente, saiu do governo para ser CONSIDERADO, jornalista e articulista independente nas próximas eleições ou no cenário de política de todas as maneiras, creio caros leitores. Deve continuar recebendo o salário do governo,e assim sem ser funcionário padrão, pode ajudar mais aos seus patrões ex-patrões,sendo a mesma coisa. Certo caro, Edno, é mesmo questionar o tamanho da conta que Maggi,como mui amigo de Silval, deixou ao mesmo do seu governo. "Presente de grego" é o nome que se dá.
Pedro Henrique 20/01/2012
Parabéns Onofre! Excelente leitura do que vem acontecendo na política matogrossense. Escreva mais sobre este assunto! Grande abraço!
Edno Almeida 19/01/2012
Recomeçou mal Onofre!! Queria lê lo cobrando explicações do Blairo sobre os escândalos do sue governinho. Explicar os Rs 44 milhões dos maquinários, os Rs 253 milhões das cartas de crédito,o poder interminavel do Éder Moraes,alambança da Agecopa... desse jeito Onofre era melhor ter ficado no governo.
3 comentários