"Foi uma vitória para nosso setor", comentou Renata Borges, da produtora Touché. "O antigo valor é insuficiente para custear até produções de pequeno porte." Alvim prometeu fazer a alteração até o dia 20 de dezembro, mas a burocracia pode jogar a medida para janeiro.
O secretário Alvim já havia se reunido com representantes do teatro musical na semana passada, em Brasília. O encontro foi amarrado pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, interessado depois que Alvim acenou com a possibilidade de alteração. "Como diretor teatral, eu sei que não é possível fazer teatro musical com R$ 1 milhão. Estamos aqui para consertar esse equívoco, que pode comprometer uma área importante, responsável por gerar inúmeros empregos e por dinamizar a economia", afirmou o secretário.
De fato, um estudo encomendado pela Sociedade Brasileira de Teatro Musical à Fundação Getúlio Vargas mostrou que o gênero conquistou, em 2018, um impacto econômico de R$ 1,01 bilhão na cidade de São Paulo. Isso representou um expressivo número nos postos de trabalho diretos (8.662) e indiretos (4.162), gerados pela atividade. A pesquisa mostrou ainda que, a cada R$ 1 investido, via leis de incentivo, o governo arrecadou R$ 1,92 em impostos. Já na economia local, cada R$ 1 investido movimentou R$ 8,25.
A alteração, portanto, era essencial para a manutenção do setor. "É o renascimento do teatro musical no Brasil. Essas alterações que serão promovidas salvam um mercado que estava respirando por aparelhos. A sensibilidade do governo nestas correções vai salvar muitos empregos e gerar outros milhares", comenta Marllos Silva, da Marcenaria de Cultura.
Além de Marllos e Renata, estiveram presentes na reunião com Alvim os produtores Fernando Alterio (T4F), Stephanie Mayorkis (Egg e Imm Entretenimento), Vinicius Munhoz (Atelier de Cultura), Fábio Oliveira (Maestro Entretenimento), Edinho Rodrigues (Brancaleone Produções), Isabela Oliveira (Opus Entretenimento).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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