"Fiz o caminho inverso de meus companheiros, que começaram no rádio até chegar na televisão", disse Jô, no programa de estreia. "Mas, apesar de o blues ser lembrado como um ritmo triste, ele me provoca alegria, o que se aproxima do meu humor."
Jô gostava de tocar bongô e trompete, além de cantar. Seu conhecimento jazzístico era vasto, o que resultava em escolhas raras e importantes para o programa de rádio.
Experiência em música ele já tinha. Jô Soares começou na percussão ainda na adolescência, quando, aos 15 anos, período em que estudava na Suíça, conseguiu o feito de acompanhar um dos maiores pianista de jazz de todos os tempos, Oscar Peterson. Jô conta, em sua autobiografia, ter descoberto que Peterson estava hospedado na mesma cidade onde ele estudava. O músico usava o piano do hotel para suas oito horas diárias de ensaio. Foi então que o garoto, depois de muito ensaiar, chegou lá e, sem nenhuma vergonha, pediu para acompanhar o pianista.
Já o trompete foi descoberto mais tarde, depois que o humorista percebeu que não se dava bem com o saxofone.
(Com Agência Estado)
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