O Coldplay traz para o Brasil um espetáculo de retorno à vida, talvez o maior deles desde que isso se tornou possível. Music of the Spheres chega primeiro ao Rio, dias 11 (Rock in Rio) e 12 (Engenhão), e depois em 15, 16, 18, 19 e 21 de outubro, no Allianz Parque, em São Paulo. Uma residência que Paul McCartney adoraria fazer em uma de suas infindas passagens pelo país. E o Coldplay fará todas elas com a abertura da cantora de modern soul H.E.R., de 25 anos e mais de 11 milhões de ouvintes mensais. O Coldplay pode ser visto em duas frentes: a visível e compartilhada de forma emocional e a invisível, mas pensada para ser tão espetacular quanto. A imprensa londrina já chama a turnê de Music of the Spheres como "a turnê mais ecológica da história".
Se um show dessas dimensões pode ser energeticamente autossustentável, o quanto mais não poderia ser? Eis a provocação de Chris Martin e seus parceiros ao anunciar tal estrutura: boa parte da energia será gerada por bicicletas ergométricas, um gerador nos bastidores terá como fonte o óleo de cozinha vegetal, um piso cinético vai aproveitar a energia dos fãs, transformando-a em eletricidade, e o palco será feito de materiais renováveis. Haverá ainda painéis solares e outras energias extraídas de fontes renováveis para o reabastecimento das baterias. A promessa é reduzir as emissões de CO² em 50% em comparação com a turnê mundial feita entre 2016 e 2017.
Music of the Spheres, produzido por Max Martin, o cata do BTS e de Selena Gomez, soou viajante demais aos fãs ortodoxos, mas os concertos do Coldplay devem redimir parte do incompreensível. Conceitualmente, a música do espaço será levada às extremidades. Além de tudo o que seu espólio permite - Yellow, The Scientist, Viva la Vida, Paradise, Clocks, Hymn for the Weekend - as sonoridades suntuosas do novo álbum são inseridas como se já fizessem parte desta família. Alguns especialistas na banda dizem que Chris Martin chega a ser covarde ao ordenhar suas plateias de forma incessante, mas o fato é que algo realmente funciona. As pulseiras de LED, por exemplo, estarão lá de novo, distribuídas gratuitamente aos fãs para que a impressionantes do "céu cintilante na terra" volte a acontecer.
Um slogan de engajamento imediato será usado na camiseta de algum integrante do grupo, que diz "todo mundo é um alienígena em algum lugar" - o que pode ser lido como uma postura a favor das imigrações ilegais e dos refugiados. Ou não. O meio pode trazer outra mensagem mais forte depois de Martin cantar uma das músicas, Human Heart, com uma gigantesca marionete extraterrestre e de a banda tocar Something Just Like This usando cabeças alienígenas iluminadas. Depois de conquistar a terra, o Coldplay, mesmo dizendo que não deve mais compor um novo trabalho inédito, quer agora o una o universo.
(Com Agência Estado)
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