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Últimas Terça-feira, 10 de Maio de 2016, 11:15 - A | A

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Terça-feira, 10 de Maio de 2016, 11h:15 - A | A

ECONOMIA

Confinamento pode surpreender mesmo com cenário instável

Relatório aponta que cautela e estratégia ditarão o cenário em 2016

REDAÇÃO

O cenário econômico impactou diretamente na expectativa de confinamento de gado em Mato Grosso. As intenções indicam um rebanho confinado de 755,49 mil cabeças até o final de 2016, uma queda de 4% em relação à 2015. Por outro lado, o levantamento ainda aponta que, caso confirmadas as intenções, a modalidade de produção pode elevar em 12,8% o rebanho confinado no Estado. Para o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Francisco de Sales Manzi, o posicionamento do produtor é que vai decidir a produção anual. “Contas na ponta do lápis e atenção à comercialização são sempre fundamentais, e em um ano como 2016, esses comportamentos são relevantes”, destaca Manzi.

 

A alavancada dos custos de produção foram o milho e o caroço de algodão, que tiveram altas respectivas de 99% e 24,5% em um ano. Essa variação elevou em 22,2% o custo diário por animal no cocho, trazendo cautela ao setor. Segundo o Gerente de Projetos da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Fábio da Silva, os produtores precisam fazer as contas e avaliar os riscos na hora de decidir. “O principal ingrediente da dieta e maior componente da diária do confinamento é o milho e como eles está duas vezes mais caro em 2016, o confinador precisa gerir seus custos para garantir que a estratégia do confinamento dê resultado econômico”, disse ele.  Os dados são do 1º. Levantamento das Intenções de Confinamento em 2016, realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Assessoria

Acrimat

 

Em meio a esse cenário de custos elevados, o relatório das intenções de confinamento trouxe informações animadoras para a estratégia em 2016, como explica Fábio da Silva “O primeiro relatório trouxe a informação de que 80% do gado que será confinado esse ano é dos próprios entrevistados e que outros 20% são bovinos de terceiros. Esse resultado mostra o profissionalismo da estratégia, já que os confinadores se programaram e adquiriram seus animais para terminação intensiva no cocho”, reforça Fábio. 

 

Para o superintende da Acrimat, Francisco de Sales Manzi, o confinamento exige estratégia e atenção na hora da comercialização. “Durante o Acrimat em Ação acompanhamos a importância da intensificação da produção, mas principalmente, do controle detalhado de custos e de uma comercialização estratégica. Há uma concentração de entrega no 4° trimestre de 2016, quando os preços devem ser maiores na BM&F Bovespa, mas atenção especial está na diferença de quase 5 pontos percentuais entre o diferencial de base histórico (13%) e o diferencial de base praticado em 2016 (18%). Portanto, o confinador precisa ficar atento a isso para garantir rentabilidade com a comercialização dos animais, seja vendendo no termo ou vendendo na bolsa”, ressaltou Manzi.

 

Mesmo com toda cautela apresentada nas intenções e o cenário atual, a capacidade estática atingiu recorde histórico, com um aumento de 4,6%, chegando a 944,72 mil cabeças. Para Fábio da Silva, a relação entre produção e esse aumento pode ser positiva. “O aumento da capacidade estática mostra que investimentos na terminação intensiva de bovinos está aumentando, sendo prova disso a região Noroeste de Mato Grosso que por possuir disponibilidade de gado magro e por ser uma área de expansão de lavoura, vem ganhando destaque ano após ano no confinamento”, destaca o gerente de projetos.

 

Na estratificação das intenções, a região médio-norte mantém sua posição de maior expectativa de confinamento, com 150,68 mil cabeças, seguida de perto pelo Sudeste – 146,71 mil e do Centro Sul – com 142,36 mil cabeças. 

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