O governador Mauro Mendes (DEM) declarou na quinta-feira (2) que enquanto a curva da pandemia da Covid-19, o coronavírus, estiver em ascensão não há momento para discutir a eleição municipal marcada para quatro de outubro. Além disso, o gestor disse que não descarta a possibilidade de que o pleito seja anulado juntamente com a disputa suplementar ao Senado.
O democrata destacou uma análise do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em que alerta que os casos do coronavírus só deverão diminuir a partir do mês de setembro.
“Eu não quero aqui fazer uma previsão de quanto tempo vai durar essa pandemia em Mato Grosso e no Brasil. Embora o ministro da Saúde já fez um traçado de cenário”, disse em entrevista ao Jornal do Meio Dia, exibido pela TV Vila Real.
Para o chefe do Executivo estadual, se este estudo se confirmar, dificilmente será possível entrar em um processo eleitoral no país que demanda mobilização de pessoas, de reuniões e de convenções, uma vez que a recomendação do Ministério da Saúde é de evitar aglomeração para não aumentar o risco de contaminação pelo vírus.
“Como que vamos fazer uma eleição se lá por junho, julho, agosto e setembro estará proibido fazer reunião? Vamos fazer só reunião virtual? Vamos fazer convenções virtuais? Não dá. Mas temos tempo ainda para tomar essa decisão”, comentou.
Eleição suplementar suspensa
No início de março, Mendes protocolou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) um pedido para que a eleição suplementar ao Senado, marcada para 26 de abril, fosse adiada. Além de alegar economicidade, o gestor levou em consideração a pandemia do coronavírus.
A eleição foi determinada após a cassação de Selma Arruda (Podemos) por caixa dois e abuso de poder econômico. O pedido foi encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e após 15 dias, a ministra Rosa Weber determinou pela suspensão do pleito.
“Vamos tirar um pouquinho de sarro (sic) com aqueles que criticaram. Quem criticou estava pensando no 'umbiguinho' (sic) dele. Estava pensando no interesse eleitoral dele e não enxergava aquilo que era óbvio. Pra mim, era óbvio que essa pandemia iria chegar no Brasil. Eu simplesmente enxerguei aquilo que alguns não eram capazes de enxergar ou não quiseram enxergar, pois estavam olhando para o próprio interesse. A eleição foi adiada sabiamente”, apontou.
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