O ex-deputado estadual José Geraldo Riva entrou com um pedido para que fosse suspensa sua oitiva à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, programada para ser realizada na quarta-feira (03). Contudo, a demanda foi negada e, diante do indeferimento, o ex-parlamentar disse que permanecerá em silêncio durante depoimento.
O pedido de Riva, encaminhado à Câmara Municipal de Cuiabá na segunda-feira (01), alegava que o ex-deputado estaria impedido de detalhar informações que poderiam ser relevantes à CPI pelo fato de ter firmado acordo de sigilo com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
A expectativa para a oitiva de Riva é alta por conta do fato de ele ter sido presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na época do esquema de repasse de “mensalinho”, recurso do qual o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) supostamente teria se beneficiado quando era deputado estadual.
No pedido de suspensão encaminhado pelos advogados de Riva, a defesa argumentou que se a solicitação fosse negada o ex-deputado faria uso do direito garantido pela jurisprudência dos tribunais que o permitiria, inclusive, a não assinar o termo de compromisso com a verdade.
“Ademais, o Peticionante reitera seus votos aos trabalhos dessa Casa de Leis e reafirma seu compromisso com a verdade, esclarecendo que tais posturas são adotadas visando o cumprimento de suas obrigações, não constituindo tal ato em recusa ou óbice aos fatos investigados por essa r. Comissão”, aponta trecho do pedido.
Conforme noticiado pelo HNT/HiperNotícias, apesar da solicitação de Riva, a oitiva será realizada e transmitida por meio dos canais eletrônicos oficiais da Câmara Municipal de Cuiabá.
Além do depoimento do ex-parlamentar, o Parlamento municipal deverá apreciar nesta quarta-feira o requerimento para que a empresária Bárbara Pinheiro compareça à CPI, uma vez que seu esposo, Marco Polo de Freitas, se negou a prestar declarações sob a prerrogativa de ser irmão do prefeito – que é investigado pela comissão.
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