O presidente do diretório estadual do PDT e secretário de Cultura, Esporte e Lazer Allan Karded disse que o partido anunciará o candidato à disputa pelo Senado daqui duas semanas, logo após a realização de uma pesquisa que avaliará os nomes de Otaviano Pivetta, vice-governador do Estado, e Antônio Galvan, presidente da Aprosoja.
Alan Cosme/HiperNoticias
Presidente do PDT, Allan Kardec
As declarações de Kardec foram feitas à imprensa durante a inauguração do Centro Olímpico de Treinamento (COT), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no final da tarde de terça-feira (28).
Conforme o presidente do PDT, o partido não arriscará um nome para a disputa pelo Senado sem que o candidato tenha sido aprovado em uma pesquisa de intenção de caráter qualitativo.
“Duas semanas é o prazo que a gente está colocando como meta. A ideia é que até o prazo máximo de 15 de fevereiro já tenhamos publicado um candidato do PDT a partir de uma pesquisa científica”, pontuou.
Os candidatos
Kardec pontuou também que os nomes avaliados na pesquisa serão os de Pivetta e Galvan, uma vez que nenhum dos dois filiados abriu mão da disputa pelo cargo. “Então, nós não vamos chegar para a direção e perguntar qual dos dois nomes vão para disputa. Então, nós vamos fazer uma pesquisa de intenção qualitativa”, declarou.
O secretário de Cultura esclareceu ainda que o PDT se reuniu com Pivetta para alinhar os interesses, uma vez que o vice-governador havia declarado que seguiria a mesma forma de política da senadora cassada Selma Arruda (Podemos) – o que, segundo o presidente do partido, não corresponde ao modo como a legenda se comporta.
“Depois das declarações do Otaviano já conversamos para fazer esse alinhamento. O PDT tem um modo diferente de trabalhar do que como a Selma estava atuando no Senado”, disse.
Fidelidade partidária
Kardec ainda rebateu a ideia de que Pivetta poderia se utilizar de uma possível eleição ao Senado como trampolim político para se filiar ao Podemos. O presidente do PDT destacou que o vice-governador já teve oportunidades de ter ingressado na outra legenda, mas negou a oferta declarando apoio à sigla de Leonel Brizola.
“Não temos nenhuma preocupação com isso, porque logo que o Zeca Viana anunciou a saída do partido houve o convite tanto para o Otaviano quanto para o Adriano Pivetta, que é prefeito de Nova Mutum, para seguirem com ele para o Podemos. Naquele momento, ambos poderiam sair. Mas ambos tiveram uma conversa conosco e disseram que seguem firme no PDT. O Otaviano tem uma base brizolista muito forte, vem do Rio Grande do Sul”, argumentou Kardec.
O presidente do partido relembrou as palavras de Brizola e ressaltou que não tem como um filiado se manter 100% alinhado com o partido.
O dilema de Mendes
O secretário de Cultura finalizou suas declarações apontando que o governador de Mato Grosso Mauro Mendes (DEM) terá que escolher entre a neutralidade ou o posicionamento político quanto aos nomes que apoiará no pleito, que acontecerá no dia 26 de abril.
“O governador tem essa missão institucional enquanto maior líder do DEM em Mato Grosso para entender, caso tenha uma candidatura do DEM, como ele vai se posicionar. Tem a candidatura do Fávaro, que esteve junto ao governador e também está colocando seu nome, e, claro, tem o Otaviano Pivetta”, declarou.
“Acredito que quando tivermos colocado os nomes, o governador vai ter que escolher se ele vai ficar neutro ou se ele vai se posicionar”, finalizou o presidente do PDT.
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