Nada deve mudar no PSL de Mato Grosso após o anúncio da saída do presidente da República Jair Bolsonaro. Ele vai liderar a criação do novo partido político Aliança Pelo Brasil, porém ainda não se desfiliou do PSL. O deputado federal Nelson Barbudo admite que, no momento certo, deixará a presidência da legenda para acompanhar o presidente. Desta forma, o vice-presidente regional do PSL, deputado estadual Sílvio Favero, assumiria a presidência da agremiação em Mato Grosso.
Preocupado com a segurança jurídica, Favero descarta, nesse momento, sair do partido. “Vamos sentar e conversar primeiro. Baseado nisso, independente de estar no PSL ou não, nós seguiremos apoiando o Bolsonaro”, avisou Fávero, em entrevista ao HNT/HiperNotícias nesta quinta-feira (14).
O deputado salienta que há que se atentar para o compromisso feito com os hoje já filiados ao PSL, pré-candidatos a prefeitos e vereadores no pleito de 2020.
“Porque nós não podemos estar em 102 municípios e já termos uns 150 pré-candidatos, sem dar resguardo para esse pessoal que acreditou no PSL. Tudo ainda é embrionário, pois não podemos esquecer que o novo partido nem foi criado ainda. Ainda tem que saber se haverá tempo hábil”. A data limite para mudanças de partido e criação de novas legendas é até março de 2020.
Silvio Fávero não está disposto a arriscar uma mudança partidária nesse momento, especialmente devido à insegurança jurídica, já que uma mudança de partido para deputados estaduais e federias pode configurar infidelidade partidária.
“Será que o presidente nacional não pode pedir [a cassação]. A cadeira pertence ao partido. Como fica essa situação? Que segurança jurídica eu tenho?", indagou.
Fávero entende que não precisa sair do partido para manter-se apoiando o governo Bolsonaro. “Não é preciso estar no partido do presidente, para dizer que sou contra ou a favor. De repente, a gente pode pegar um DEM ou MDB, que aliás tem o líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional [Eduardo Gomes – TO-]”, apontou Fávero, ainda citando o exemplo do deputado José Medeiros, presidente do Podemos de Mato Grosso e que, mesmo sendo de partido diferente, apoia Bolsonaro.
FUNDO PARTIDÁRIO
Um outro atrativo para que o deputado estadual fique na sigla é o chamado fundo partidário. O PSL de Mato Grosso tem direito a receber cerca de R$ 100 mil por mês, de um montante global de cerca de R$ 80 milhões que, teoricamente deveriam ser distribuídos para os diretórios do PSL de todo o país.“Ninguém está preocupado com fundo partidário”, avisa Sílvio, ao afirmar que a legenda em Mato Grosso ainda não recebeu recursos desse fundo. “Estou carregando o partido nas costas. Toda reunião que é feita aqui, o dinheiro sai do meu bolso”, destacou o vice-presidente regional.
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benedito costa 14/11/2019
O fato é que esse Fávaro não acerta uma!
1 comentários