A Polícia Federal continua as buscas e apreensões referentes a Operação Malebolge, desencadeada na quinta-feira (14), que atingiu políticos, empresários e agentes públicos de Mato Grosso.
O apartamento do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) foi ocupado por quatro agentes desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (15). No primeiro dia da operação a casa do deputado já havia sido vasculhada pelos agentes, assim como seu gabinete na Assembleia Legislativa.
Das 06h30 até às 08h50 uma equipe, com vários agentes, foram ao edifício Campo D'Ourique, instalado no bairro Santa Rosa, onde Gilmar e vários outros deputados estaduais residem.
Pela assessoria, a equipe de reportagem do HiperNotícias foi informada que o deputado não está em Cuiabá, mas sim em Rondonópolis, cumprindo agenda política.
Na saída, os agentes não quiseram passar informações sobre o motivo da nova busca. Porém, uma das policiais estava com alguns documentos e um aparelho eletrônico, que foi retirado da casa.
Fabris filmado
Fabris também gravado pelo ex-chefe de gabinete do Silvio Corrêa, onde ele aparece reclamando da quantia de dinheiro que ele, supostamente, teria a receber: "Só um pedaço? Por quê?", questionou o deputado ao chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Sílvio Cesar Corrêa.
O deputado Fabris dialoga sobre a quantia de dinheiro distribuída a cada parlamentar, que seria de R$ 50 mil, e isto seria apenas um "pedaço". A delação do ex-governador foi firmada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
No vídeo não mostra o parlamentar pegando dinheiro, apenas ele chegando na sala e cumprimentando Sílvio. Silvio, então, informa a Fabris que "chegou um pedaço aí", que é questionado pelo deputado do por quê ser apenas uma fatia do dinheiro que ele teria a receber: "Oxe, só um pedacinho por quê?". Logo depois, Silvio avisa que na próxima semana "tem mais".
Nota da assessoria
O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) afirma que respeita o papel da Justiça no seu dever de investigação e no momento oportuno vai apresentar sua defesa.
O parlamentar está disposto a colaborar com as investigações da Procuradoria Geral da República para estabelecer a verdade dos fatos.
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