O governador Mauro Mendes (União Brasil) acredita que o mercado receberá o leilão da Ferrogrão com um grande "apetite", uma vez que a ferrovia nasce com a possibilidade de transportar até 30 milhões de toneladas de grãos anualmente, somente com o crescimento da produção agrícola em Mato Grosso. O modal prometido para ligar as cidades de Sinop, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Rondonopólis e Cuiabá ao Pará é esperado com ansiedade não só pelos produtores rurais, para auxiliar no escoamento de grãos, mas também de empresas do setor logísitico que sondam os trilhos que cortarão MT para lucrar.
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"Acredito que o mercado terá apetite pois poucas ferrovias no planeta nasceriam com uma disponibilidade de carga de 30 milhões de toneladas. Aquela importante região de Mato Grosso já produzia algo próximo disso e nos próximos anos, até que fique pronta, seguramente, já estaremos produzindo muito mais que isso", opinou o governador à imprensa após a sua participação no G20, promovido em resort do Malai Manso, em Chapada dos Guimarães (a 95 km de Cuiabá), nesta quinta-feira (12).
Antes a trava da Ferrogrão era apenas o Supremo Tribunal Federal (STF), com a Corte Suprema flexibilizando seu posicionamento sobre a construção da ferrovia, Mauro explicou que a responsabilidade sobrecai nos ombros do governo federal que deverá agilizar as licenças ambientais para que a implementação da via sob trilhos avance.
"O desafio é do governo federal conseguir fazer a regularização para levar isso ao mercado. Existe um óbice causado pelo Supremo que foi vencido. Agora cabe ao governo a parte ambiental, a regulamentação de um processo para levar isso ao mercado", disse Mendes.
Defensor das obras caminharem em ritmo célere para levar oportunidades às cidades de MT, Mauro reforçou o ganho ambiental com a ferrovia. Segundo ele, a redução de poluentes emitidos por meio do transporte sobre rodas será significativa.
"Temos uma grande oportunidade de colocar um modal que é ambientalmente muito melhor. Se fala em sustentabilidade, reduções de emissões... Quem é contra a Ferrogrão está discutindo contra o que o planeta quer. Uma ferrovia dessas vai tirar muitas carretas que vão continuar tendo sua importância, mas transitando num raio ali de 100, 200, no máximo 500 km e não 1,5 mil km como tem ocorrido hoje", explicou.
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