O governador Mauro Mendes (UB) criticou a liminar concedida pela Justiça Federal de Mato Grosso que proíbe a Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Sema) de emitir licenças para a empresa Rumo Logística, responsável pela construção da Ferrovia Vicente Vuolo no trecho que vai ligar os municípios de Rondonópolis a Lucas do Rio Verde e facilitar o escoamento da produção de grãos.
A decisão, concedida a pedido do Ministério Público Federal (MPF), estipula um prazo de 90 dias para que sejam adotadas as medidas cabíveis para promover a consulta livre, prévia e informada aos indígenas Bororos das Terras Indígenas Tadarimana e Teresa Cristina, bem como a emissão de Termo de Referência Específico para realização do Estudo do Componente Indígena, referente aos impactos da construção.
Durante coletiva à imprensa na qual lançou seu primeiro ato de campanha à reeleição, Mendes revelou que acionou a PGE (Procuradoria Geral do Estado) para avaliar a possibilidade de recurso ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.
“A Procuradoria do Estado vai estudar e se for cabível recurso nós fazemos, se não, vamos cumprir. O problema é que isso perde muito tempo”, disse.
O governador ainda criticou a intervenção da Justiça em obras de infraestrutura, alegando que muitas são desrazoadas visando preservar direitos inexistentes.
“Essa história de arrumar um índio, arrumar um caquinho de cerâmica, isso no Brasil já virou folclore. É muito ruim isso e o país perde muito com isso. Mas é um Poder, temos que respeitar e toda decisão emanada dos Poderes serão respeitadas”, emendou governador.
A ferrovia estadual, batizada de Vicente Vuolo, é planejada para interligar Cuiabá a Rondonópolis (212 km de Cuiabá) e o município até Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá). A projeção de investimentos é de R$ 12 bilhões.
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