O deputado federal Nelson Barbudo (PL) declarou que é favorável à aprovação pelo Congresso Nacional de um projeto que fixe regras para caças esportivas em todo o país. O parlamentar é autor de uma das propostas em trâmite na Câmara dos Deputados e nega veementemente que se trata de mera liberação para matar animais com espingardas ou outro tipo de arma.
"Para o caçador esportivo inscrito numa associação de caça poder caçar precisa ter bicho. E para ter bicho precisa de fazenda que cria. Estão confundindo que o meu projeto é autorizar o ciadão ir a natureza para abater o bicho. Não tem nada a ver", disse.
Barbudo ainda diz que sua proposta, assim como outras do mesmo tema em andamento na Câmara dos Deputados, é vinculada a produções de efeitos sociais. "Precisamos de uma legislação que dê emprego, renda e prazer. O governo liberando a fazenda para as caças vai aumentar o número de espécies e vamos abater as espécies que forem liberadas, os machos, os mais velhos, etc, se a Europa, Estados Unidos e Ásia permite, significa que todos estão errados e npos somos os únicos certos no mundo?" questiona.
O parlamentar ainda defendeu o abate em massa do Javali, uma espécie originária da Europa, introduzida no Brasil há muitos anos, e que se tornou asselvajada e fora de controle. Após escapar ao cultivo, passou a fazer populações cada vez maiores na natureza e entrou na classe de espécies exóticas invasoras.
Os impactos causados pela espécie no meio natural afetam diretamente tanto a fauna como a flora. O javali desloca populações nativas de porcos-do-mato/catetos, por ser mais agressivo, compete por alimento, e causa danos à regeneração de florestas.
Barbudo vê prejuízos imensuráveis se o Javali for reproduzido em massa no Brasil. "Se não controlar o Javali, que não é vacinado, e trazer a peste suína para os porcos de casa teremos interrompida a cadeia produtiva de suinos no Brasil. Serão bilhões de reais perdidos e milhões de empregos perdidos. Nós queremos controlar o Javali, mas isto é um tema muito profundo e requer muito tempo. Estou a disposição para explicar, respeito quem não é favorável", concluiu.
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