Coronel rebate críticas de Medeiros e acredita que é vítima de machismo

A tenente-coronel Rúbia Fernanda, candidata à eleição suplementar ao Senado, rebateu as críticas do deputado federal José Medeiros (Podemos) que afirmou que o presidente Jair Bolsonaro resolveu apoiá-la na disputa sob pressão. A militar destacou que a declaração de Medeiros é machista, entretanto ela "quebrará esses paradigmas". 

Foto: Assessoria

“A tenente-coronel não entende o motivo pelo qual é a única questionada quanto à capacidade de atuar no Senado Federal, inclusive, se pergunta se a dúvida dos adversários é pelo fato de ela ser mulher. A candidata lembra que já está acostumada ao machismo, enfrentou muito ao longo da carreira militar, e quebrou paradigmas para que as mulheres fossem respeitadas dentro da corporação”, disse a coronel, por meio de nota. 

A militar ressaltou que foi a candidata escolhida por Bolsonaro e que, portanto, cumpre os requisitos para o cargo. “A minha resposta é simples, somente eu recebi duas declarações ao vivo dele dizendo que sou sua candidata. Eu cumpro os requisitos que ele queria para o candidato ao cargo. E para resumir a história, no almoço privado em Sorriso, eu estava do lado dele”, afirma Fernanda.

Nos últimos dias, um áudio que circula em grupos de WhatsApp, traz o deputado federal e também candidato ao Senado, José Medeiros, afirmando que o presidente Jair Bolsonaro manteve o apoio à coronel Rúbia Fernanda após passar por constrangimento. Na gravação, Medeiros relata que Rúbia teria sonhado com Jesus Cristo falando que ela seria senadora.

“A coronel começou a chorar, disse que ia ser envergonhada [se não tivesse apoio do presidente], que ela tinha sonhado de noite e Jesus Cristo tinha revelado para ela que ia ser senador. Enfim, constrangeu o presidente, falou que ele tinha dado a palavra, que ele era um homem de palavra e que iria ficar ruim”, diz trecho do áudio. 

Ao HNT, Medeiros confirmou a veracidade do áudio, que foi encaminhado em um grupo de WhatsApp e acabou viralizando. Apesar da confirmação, ele não quis entrar em mais detalhes e ressaltou que a decisão final será na urna. “Foi isso o que aconteceu. O eleitor sabe julgar, inclusive o que é melhor para o governo. É o eleitor quem vai julgar, eu não vou fazer juízo de valor. Esse fato é bem público, a convenção no dia chegou a ser anunciada que seria cancelada”, finalizou.  

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