O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB) afirmou que não havia necessidade da remoção do preso do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do bairro Morada do Ouro. Apesar do detento José Edmilson Bezerra Filho, 31 anos, ter reclamado de mal estar à equipe que o atendeu, o chefe do Executivo municipal salientou que o deslocamento era dispensável.
O gestor demonstrou sua solidariedade às pessoas que ficaram no fogo cruzado entre agentes prisionais e criminosos, que tentaram resgatar o preso na unidade médica. O prefeito frisou que o fato deve ser investigado com prioridade.
A ação foi registrada no fim da tarde desta terça-feira (13) e terminou com cinco pessoas feridas. O gestor ressaltou que a segurança pública é obrigação do Estado, assim como o procedimento para deslocamento de detentos.
“Quero me solidarizar com a família dos pacientes, dos servidores, principalmente com as famílias das vítimas inocentes e com toda a sociedade, por essa tragédia que abalou toda Cuiabá”, disse o prefeito em entrevista coletiva nesta quarta-feira de cinzas.
Pinheiro disse que existe uma padronização para deslocamento de reeducandos e responsabilidade do Estado por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
O procedimento para a remoção do preso da unidade prisional passa por vistoria do local de destino, o trajeto e destacamento de agentes de segurança para a unidade. O prefeito destacou que o atendimento às vítimas foi adequado e que as unidades de saúde estavam prontas para atender mais pacientes devido as precauções para o carnaval.
A equipe médica que atendeu ao detento avaliou como desnecessária a remoção do mesmo para a unidade. “A investigação irá elucidar crime e o que cabe a prefeitura é o atendimento aos feridos, que já estão fora de perigo, e tentar com todas as forças salvar a vida de um bebê e de uma mulher que também foram baleados. É preciso separar o joio do trigo e as responsabilidades do fato”, esclarece o prefeito.
A secretaria de Saúde, Elizeth Araújo, informou que o preso recebeu atendimento na unidade, no dia 17 de janeiro, apresentando os mesmos sintomas desta terça-feira.
“É procedimento quando o detento chega já abrir vaga para ele para se evitar a exposição da sociedade ao risco. Quando ele chegou já foi encaminhado para o setor de avaliação de risco, mas não deu tempo de ter atendido pois logo os demais criminosos chegaram atirando.
O detendo queixava-se de dor nas contas e abdominal quando chegou para atendimento. Após o crime, a UPA foi fechada e pacientes remanejados para o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC).
Três vítimas já receberam alto e outros dois seguem internados. O bebê ferido apresenta leve melhor e a equipe médica aguarda estabilização do quadro clinico para remover a bala que está alojada nas costas da criança. A outra paciente também está sob observação e o estado ainda é grave.
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