A Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (SESP) está aguardando a conclusão do inquérito policial sobre a morte de quatro bolivianos que morreram durante uma troca de tiros com a equipe do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) para tomar providências, caso seja apontada irregularidade na conduta dos policiais. O caso ocorreu no dia 11 de agosto em Cáceres ( a 220 km de Cuiabá).
Foi informado que a Sesp não recebeu uma denúncia formal das autoridades bolivianas em relação à abordagem realizada pelos policiais brasileiros, no entanto se coloca à disposição das autoridades da Bolívia para tratar o assunto.
As autoridades bolivianas e as quatro famílias das vítimas fizeram declarações à imprensa da Bolívia e cobraram esclarecimentos sobre o caso. As famílias alegaram que os corpos das vítimas tinham sinais de tortura, porém foi informado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) que não existia vestígios de tal fato após análise dos cadáveres.
De acordo com o boletim de ocorrência, durante o patrulhamento rural a equipe deparou-se com vários indivíduos em região de mata portando arma de fogo. Em seguida, foi dada ordem de parada, porém os suspeitos efetuaram disparos de arma de fogo contra os policiais, que revidaram os tiros.
Após cessarem os disparos, foi encontrado quatro homens que estavam feridos, porém outras nove pessoas foram avistadas retornando para a Bolívia carregando sacos utilizados por mulas para transporte de entorpecente em seus ombros.
Na época, o tenente coronel Fábio Ricas de Araújo negou a invasão a comunidade dos bolivianos. A comunidade Chiquitano afirma que os homens estavam caçando para levar alimento para as suas famílias.
De imediato foi prestado socorro médico aos feridos até o hospital regional de Cáceres, no entanto nenhum deles resistiram aos ferimentos e vieram a óbito. Os suspeitos mortos foram identificados como Arsino Sumbre García, Pablo Pedraza Chore, Ezequiel Lopes Pedraza e Yona Pedraza Tosube, todos bolivianos. Contra Yona consta passagem pela polícia brasileira por receptação e falsidade ideológica.
As armas e munições apreendidas foram encaminhadas para a Delegacia Especial de Fronteira (Defron), que conduz o inquérito. Além das armas, foram apreendidas 12 munições intactas no calibre 22, sete munições deflagradas de calibre 38, quatro munições intactas no calibre 38 e dois cartuchos deflagrados de cartuchos.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Fronteira (Defron). Várias diligências foram realizadas, bem como diversas oitivas e depoimentos tomados. A Defron aguarda os resultados periciais, como laudo do local do crime, exames de necropsias, entre outros, para continuidade e conclusão do inquérito instaurado.
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