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Polícia Quinta-feira, 07 de Junho de 2018, 13:55 - A | A

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Quinta-feira, 07 de Junho de 2018, 13h:55 - A | A

CARRO A 30KM/H

"Fizeram esse laudo para diminuir a culpa dela", diz filha de verdureiro

LUIS VINICIUS

“Fizeram esse laudo para diminuir a culpa dela”, afirma a auxiliar administrativa, Francimara Lucio da Silva, filha do verdureiro Francisco Lúcio Maia, 48 anos. A jovem acusa os peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de corporativismo em favor da dermatologista Letícia Bortolini, de 37 anos. A médica é acusada de atropelar e matar o vendedor de verduras, no dia 14 de abril, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.

 

verdureiro montagem.jpg

 

Conforme a Polícia Civil, a vítima carregava um carrinho de verdura quando foi atropelada pela profissional de saúde, que saía de uma festa. Letícia foi presa no mesmo dia, em uma residência no bairro Jardim Itália, em Cuiabá, após ter fugido sem prestar socorro à vítima. Na hora do atropelamento, o esposo da suspeita, o urologista Aritony de Alencar Menezes, de 37 anos, estava no banco de passageiro e também responde por omissão de socorro, por se tratar de um médico.

 

Na tarde de terça-feira (5), a Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran) recebeu dois laudos periciais da morte de Lúcio. Um dos documentos apontou que o carro Jeep Compass, dirigido pela dermatologista, estava a 30km/h quando atropelou e matou o verdureiro. A informação foi confirmada pelo delegado Cristian Cabral da Deletran.

 

De acordo com Francimara, o laudo da Politec, que foi encaminhado à delegacia, é uma negação. Ela ressalta que qualquer pessoa pode notar que o documento não corresponde com o que de fato aconteceu no dia do atropelamento.

 

“Para gente da família esse laudo é uma negação, nós não temos nem o que falar. Nós estamos nos questionando, como que uma pessoa vai bater a 30 km/h, matar e quebrar diversos ossos de uma pessoa? Sem nem a testemunha que seguiu o carro, estava em uma velocidade de 30km/h, como que a médica vai estar em uma velocidade dessa? Eles estão tentando diminuir a culpa para poder tentar aliviar um pouco o lado dela”, afirmou Francimara ao HiperNotícias.

 

A filha de verdureiro afirma que se a médica estivesse em uma velocidade de 30 km/h, o seu pai não teria morrido.

 

“Eu acredito que deve ter acontecido alguma coisa errada, porque não é possível esse laudo estar certo, nunca. Se ela tivesse na velocidade que eles disseram, meu pai não teria chegado a óbito nunca. Eu não descarto também que possa ter havido corporativismo por parte dos médicos legistas. Isso tem que ser investigado da maneira correta, pois meu pai não é cachorro”, suplicou.

 

Já o outro laudo também realizado pela Politec, apontou que Francisco estava completamente alcoolizado. De acordo com as amostras de sangue coletadas da vítima, ele encontrava-se com concentração de 25,54 dg/L. Ou seja, quatro vezes acima do limite máxima permitido pela Lei, que é de 6 dg/L. Os documentos foram assinados pelo perito criminal Saulo Lucatelli.

 

“Encontrava-se com concentração de álcool quatro vezes acima do limite máximo permitido pela Lei”, diz outra parte do exame.

 

A auxiliar administrativo declarou, por fim que não descarta a hipótese de seu pai ter ingerido bebido.

 

“Eu também não descarto o fato do meu pai ter bebido, porque ele bebia. Que meu pai ingeriu bebida alcoólica eu tenho quase certeza, pois ele gostava de beber no final de semana. Mas, acredito que eles querem desviar o foco e tirar a culpa dela. No entanto, estamos estudando uma maneira de entrar na Justiça e invalidar esse laudo”, concluiu a mulher.

 

O caso 

Letícia foi presa ainda na noite de sábado (14), em uma residência no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. No domingo (15), a juíza Renata do Carmo Evaristo Parreira, da 9ª Vara Criminal, converteu a prisão temporária em preventiva durante audiência de custódia. Na ocasião, a magistrada afirmou que a médica tinha "personalidade criminosa", pois atropelou e matou o comerciante, fugiu do local do acidente e não acionou socorro.  A juíza também ponderou que a acusada, sendo médica, tinha o poder e o dever de prestar socorro à vítima, mas não o fez.

 

Na terça-feira (17), o desembargador Orlando Perri acolheu o pedido da defesa de Letícia feito sob o argumento de que ela tem um filho com um ano de idade e que precisa de cuidados, é responsável pelo sustento da criança, além de que não tem antecedentes criminais.

 

Como condição para que Letícia deixe a prisão, o desembargador impôs algumas medidas cautelares, entre elas comparecimento mensal ao juízo, não frequentar bares e clubes, recolhimento noturno, não pode consumir bebidas alcoólicas e entorpecentes, não pode se envolver em outros delitos. Caso Letícia infrinja alguma das medidas, ela pode ser recolhida para o regime fechado novamente.

 

Médico disse que estava dormindo 

Durante depoimento prestado na tarde de terça-feira (17), o esposo da suspeita, o médico Aritony afirmou ao delegado Christian Cabral que não sabia que a sua esposa, havia ingerido bebida alcoólica, durante um festival pouco antes de atropelar o vendedor de verduras.

 

Durante a oitiva, que durou aproximadamente duas horas, o profissional de saúde alegou que após entrar no carro com a sua esposa, dormiu e não viu o momento do atropelamento. Alencar contou ainda que só ficou sabendo do acidente quando os policiais chegaram em sua residência.

 

“Ele foi bastante evasivo no depoimento. Ele confirmou que quem saiu dirigindo foi a sua esposa, isso é importante, mas nós já tínhamos isso. Continuamos trabalhando para que não haja dúvidas sobre disso. Ele negou que presenciou a Leticia fazer o consumo de álcool durante o evento. O médico afirmou que não observou que a sua esposa estava bêbada quando estava dirigindo. Logo depois, ele contou que entrou no carro, dormiu e que só ficou sabendo do atropelamento quando os policiais foram até a sua casa e informaram do acidente”, disse o delegado à reportagem.

 

 

Leia mais

 

 

Laudo da Politec aponta que carro de médica estava a 30 km/h quando matou verdureiro

 

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João Pedro 08/06/2018

Será que vivemos o período do Anarquismo? A pessoa mata e a lei absolve??? Não é possível? Não podemos esquecer que após o anarquismo volta para o Militarismo. Será que isso precisa acontecer em nosso país? Pois a Democracia e a Lei já não existe mais???REFLEXÃO...

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Sampaio 08/06/2018

Não necessidade nem de acusar , Tá na cara que é corporativismo ....

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2 comentários

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