Quinta-feira, 25 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,15
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,15
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

Mundo Quarta-feira, 13 de Novembro de 2013, 07:46 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quarta-feira, 13 de Novembro de 2013, 07h:46 - A | A

VENEZUELA

Nicolás Maduro anuncia tribunais contra lucro excessivo

Ministério Público anunciou que ao menos 28 pessoas foram presas acusadas de crime de usura

PORTAL FOLHA DE SÃO PAULO





Como parte das medidas contra crise inflacionária na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro anunciou a designação de 50 promotores e a criação de tribunais exclusivos para processar e punir especuladores e os que obtêm lucros exorbitantes. Em discurso em cadeia obrigatória de TV, anteontem à noite, o presidente não deu detalhes de como as novas cortes vão funcionar.

A ofensiva legal, porém, já começou. O Ministério Público anunciou que ao menos 28 pessoas foram presas acusadas de crime de usura desde sexta, quando Maduro ordenou a "ocupação" de uma rede de lojas de eletrodomésticos e a redução de preços.

A menos de um mês de eleições municipais, a maratona de Maduro na TV seguiu ontem. O presidente prometeu baixar o preço de carros --item adquirido para tentar proteger o dinheiro da inflação anualizada de 54,3%--, autopeças e celulares.

AFP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro

Ante as filas gigantescas que se formaram para comprar TVs de plasma e outros produtos em todos o país, Maduro pediu "calma". Se na sexta instou os venezuelanos a esvaziar prateleiras, ontem pediu que ninguém caísse "em ansiedade consumista". Ele prometeu até devolver dinheiro a quem comprou antes da redução de preços.

Um dia depois de Los Teques, na região metropolitana de Caracas, registrar saques, ontem o comércio da cidade abriu com restrições. As vendas ocorreram, mas muitas lojas mantiveram portões e grades rebaixados, segundo o jornal "El Universal". Em outras cidades, a Guarda Nacional e militares fizeram a segurança de lojas de eletrodomésticos.

Ontem, o governador de Miranda e principal nome da oposição, Henrique Capriles, acusou Maduro de querer "incendiar o país": "Estão planejando desestabilizar o país [...] para que a intenção final seja buscar um clima propício para suspender as eleições municipais".

De acordo com pesquisa do Datanálisis de setembro, Maduro é mal avaliado por 54,9% da população. Na intenção de voto para as eleições municipais, há empate técnico entre governo e a oposição, com vantagem em algumas grandes cidades.

A decisão do governo de apertar o controle de preços ocorre num momento em que, além da inflação, a Venezuela sofre com a escassez de produtos básicos. Um pano de fundo da crise é a disparidade entre o câmbio oficial (6,3 bolívares fortes por dólar) e o mercado negro. De importadores estatais e privados a turistas, quem consegue divisas oficiais lucra até oito vezes mais negociando ilegalmente ou vendendo itens com base no câmbio paralelo.

Ariana Cubillos - 11.nov.2013/Associated Press

Homem com geladeira comprada em loja que sofreu intervenção

O governo não corre o risco de insolvência, bancado pela exportação do petróleo --ontem, a estatal petroleira PDVSA, caixa do governo, anunciou que vai emitir títulos no valor de US$ 4,5 bilhões para se financiar, o que deve aumentar o fluxo de dólares na economia.

Ainda assim, economistas apontam que a situação se deteriora e sugerem que o governo flexibilize o controle de câmbio e abandone aos poucos os tabelamentos. Maduro anunciou o contrário. "É uma resposta desesperada para dar a impressão de que estão fazendo algo, quando, não tomaram nenhuma medida econômica séria", disse à Folha Alejandro Grisanti, do banco Barclays.

No curto prazo, se não houver caos, Maduro pode se beneficiar com a "tolerância zero" com a especulação. Em geral, tabelamentos são populares no país.

DEPUTADA AFASTADA

Ontem, a Assembleia Nacional, de maioria chavista, retirou a imunidade parlamentar da deputada María Mercedes Aranguren, eleita pelo chavismo que migrou para a oposição. Agora, ela poderá ser processada pelo Tribunal Supremo por peculato, entre outros crimes.

A previsão é que assuma em seu lugar suplente chavista, que daria ao governo voto necessário para passar a lei habilitante, prerrogativa para que Maduro legisle por decreto.

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros