Multidões de indonésios foram às ruas nesta sexta-feira para prometer publicamente que estão "prontos para sacrificar suas vidas" para vingar a morte de Osama bin Laden, sinalizando a popularidade do líder da rede terrorista Al Qaeda entre islâmicos no país, que tem a maior população muçulmana do mundo.
O grupo, que se denominou Al Kaida Solo, disse que iria concentrar os ataques nos Estados Unidos --mas não houve indicações de que teria a capacidade para fazê-lo, ou se seria apenas um discurso.
Vários policiais mantiveram a guarda durante a manifestação na cidade de Solo, no centro de Java, mas ninguém foi detido.
"Cem jovens de Solo estão prontos para morrer para vingar a morte de Osama", declarou Choirul, um clérigo da Al Kaida Solo e membro da Frente dos Defensores Islâmicos (FPI), que tem um histórico de violência, como ataques a bares, clubes noturnos e escritórios da revista Playboy da Indonésia.
"Sua luta não estará terminando", disse Choirul ao grupo de cerca de 60 homens vestidos de túnicas brancas muçulmanas e rostos cobertos para esconder suas identidades.
Diversos outros indonésios islâmicos louvaram Bin Laden como um mártir nesta semana, indicando que a militância continua em alguns grupos do Sudeste Asiático, inclusive um que previu um grande ataque de retaliação.
Especialistas em segurança disseram que o risco de ataques aumentou.
"Osama viveu pelo princípio de viver de forma nobre ou morrer como um mártir... Mas os Estados Unidos disseram que ele era um terrorista e nós contestamos essa visão. Devido à essa mentira estamos comprometidos com a vingança de sua morte", disse Endro Sudarsono, porta-voz do grupo Solo, à Reuters por telefone.
Sudarsono disse que o grupo de homens entre 20 e 40 anos de idade da região central de Java ainda estavam discutindo como realizariam a vingança, mas que o Afeganistão, Paquistão e o Iraque eram seus principais destinos.
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