A delegada Ana Cristina Feldner afirmou que o ex-secretário de Segurança Pública Rogers Jarbas fez ameaças à Polícia Civil quando ficou sabendo de um possível retorno dela e do delegado Flávio Stringueta às investigações da Grampolândia Pantaneira. O relato foi feito durante entrevista coletiva no Terceiro Juizado Especial Cível de Cuiabá - Complexo Miranda Reis, em Cuiabá.
“Houve ameaça, por parte dele (Rogers Jarbas), quando foi cogitado o meu retorno com o delegado Flávio Stringueta às investigações da Grampolândia Pantaneira. Quando ele ficou sabendo que fomos convidados a retornar as investigações, ele teria dito ‘a Polícia Civil vai pagar por isso. Isso é muito grave’”, disse a delegada.
A suposta ameaça consta também no pedido de prisão que Ana Cristina fez contra Jarbas. A representação, segundo a delegada, foi realizada porque o delegado aposentado fez diversões petições no sentido de atrapalhar e atrasas as investigações policiais.
“Ele (Rogers Jarbas) fez várias petições. São petições que ele não tem sequer a capacidade postulatória, ou seja, são petições que ele mesmo assina sem advogado, sendo que a gente sabe que no Direito, é preciso ser representado por um advogado. Então, a gente vê essa nítida disposição em atrapalhar as investigações”, explicou.
A delegada disse também que essas documentações, além de não trazer fatos relevantes às ações policiais, trazia ataques pessoais aos investigadores.
“Ele peticionou duas mil páginas em dois meses, sem trazer fatos atinentes a investigação, trazendo ataques a reputações, a pessoa. Esses ataques eram direcionados a pessoas que tinham participado da 1ª fase da investigação (Feldner e Stringueta). Essas organizações criminosas (que está sendo investigada) são especialistas em matar reputações, são verdadeiros assassinos de reputações”.
Por fim, a delegada contou que o ex-secretário cometia um ato de obstrução a cada 12 dias.
“No nosso pedido de prisão, a gente mostra que ele (Rogers Jarbas) cometia a cada 12 dias um ato de obstrução. A cada 12 dias, chegava uma petição nova, a cada 12 dias chegava uma notícia de um outro fato dele”, finalizou.
Arapongagem
O caso das interceptações telefônicas clandestinas emergiram há três anos, e tiveram como principal mote uma denúncia do promotor de Justiça Mauro Zaque, que deixou a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Ele revelou o caso, levando-o ao conhecimento do então governador Pedro Taques.
Segundo a denúncia, policiais militares e integrantes da cúpula do Governo do Estado mantinham escutas telefônicas grampeando as linhas de políticos, empresários, juízes e jornalistas.
Para conseguir autorização judicial, os números eram anexados a uma lista para interceptação de pessoas investigadas por tráfico de drogas na Comarca de Cáceres. O esquema também era conhecido como “barriga de aluguel”.
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Critico 22/11/2019
Será que a justiça mesmo sabendo das ameaças vai permitir que esse sujeito permaneça em LIBERDADE?
1 comentários