O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão preventiva de três faccionados do Comando Vermelho acusados de mutilar a língua de uma adolescente de 15 anos em razão do relacionamento dela com um integrante do PCC em Tangará da Serra, município 243 km distante de Cuiabá.
Na decisão publicada nesta terça-feira (29), o magistrado entendeu não existirem alterações fáticas que pudessem justificar a reforma da decisão que decretou a preventiva dos réus. Tentavam o relaxamento da prisão Paulo Henrique de Souza Maia, Juliano Cesar dos Santos e Brenno Lucas Scheffer.
Narra a denúncia que a vítima teve a casa invadida e foi raptada pelos réus em 12 de janeiro deste ano. A intenção dos integrantes do Comando Vermelho era torturá-la para obter informações sobre o ex-namorado da adolescente, apontado como membro da facção criminosa rival, o PCC.
Brenno, Juliano, Paulo Henrique e um adolescente, segundo o Ministério Público, agiram a mando de José Elggy - conhecido como 'Meia Noite' - que comandou a tortura de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
Apesar das contínuas agressões e ameaças de morte, o bando não conseguiu chegar às informações que queriam e, de acordo com a acusação, deram duas opções à adolescente: morrer ou perder um pedaço da língua, tendo a menina escolhido a segunda opção.
Na decisão publicada nesta terça, o magistrado do caso analisou diversas questões preliminares levantadas pelas defesas dos réus. Nenhuma delas foi acolhida. Além de manter a prisão preventiva dos acusados, o juiz marcou para outubro audiência de instrução do caso.
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