O juiz eleitoral Jorge Ferreira, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), negou o pedido de sigilo no inquérito policial sobre o crime de caixa 2, que investiga o suposto pagamento de R$ 300 mil feitos pela empresa JBS ao senador Wellington Fagundes (PL). O nome do parlamentar faz parte da delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
Segundo Wellington, por se tratar de uma pessoa pública, com forte exposição na mídia, a investigação traz constrangimentos desnecessários, “que em nada contribuíram para o deslinde [esclarecimento] do feito”.
Contudo, para o magistrado não existem informações que possam atacar a sua privacidade e intimidade para que o inquérito tramite em segredo de Justiça.
“Não há nos autos elementos informativos que possam, de alguma forma, atingir a esfera de privacidade e intimidade do peticionante de modo a recomendar a imposição de sigilo à tramitação das investigações. Não se postulou nem houve deferimento de medidas probatórias cautelares que pudessem expor dados fiscais, bancários ou telefônicos”, alega.
Na decisão, o juiz Jorge Ferreira levou em consideração que Fagundes já detém um cargo político e que o pedido de sigilo destoa das demais demandas do Juízo.
Caso estivesse concorrendo à um cargo político, o magistrado afirma que “então seria recomendável a preservação dos dados da investigação como medida de tutela à normalidade e legitimidade do pleito”.
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